Porto Santo, a Ilha Dourada do Atlântico

Quase que não há palavras para descrever a beleza desta ilha do arquipélago da Madeira, tal a sua riqueza cultural e praias paradisíacas

Descoberta em 1418 pelos navegadores portugueses João Gonçalves Zarco e Tristão Teixeira, a Ilha de Porto Santo junta às suas areias finas terapêuticas um mar azul cristalino muito calmo. (Foto: Vaz Mendes)

A visita de hoje é a Porto Santo, uma das ilhas do arquipélago da Madeira, um autêntico paraíso no meio do Atlântico e que devido ao clima temperado atrai turistas durante quase todo o ano. A natureza está ali presente a cada canto na sua essência mais pura, conservada como nasceu e intocável em muitos locais para preservação de um património inigualável. Eis a Ilha Dourada, assim denominada pela cor em tons amarelados do seu extenso areal.

Descoberta em 1418 pelos navegadores portugueses João Gonçalves Zarco e Tristão Teixeira, a Ilha de Porto Santo junta às suas areias finas terapêuticas um mar azul cristalino muito calmo, com a temperatura a rondar os 18oC /20oC. O convite para uns bons mergulhos surge a cada instante numa imensidão de águas limpas e relaxantes. Aliás, a intenção de muitos visitantes é mesmo essa: descansar. Para lá dos tradicionais passeios de autocarro, de jeep 4X4, de barco, a pé ou a cavalo, relaxar é o melhor dos remédios para libertar a mente e o físico.

Os porto-santenses adoram a sua ilha. Veneram-na mesmo. Gente simpática e de fino trato, os naturais deste autêntico paraíso envaidecem-se quando são chamados a mostrar os segredos do território. Há programas imperdíveis, todos ligados à natureza, até porque para divertimento – atenção que já fui ao Brasil e adoro dançar ao som do samba e se for Carnaval tanto melhor… – não há muito por onde escolher. Música ao ar livre de vez em quando e saborear uma poncha (bebida tradicional da ilha da Madeira feita de aguardente de cana-de-açúcar, mel de abelha e sumo de limão) num dos poucos bares da zona.

Local de paragem obrigatória é o Museu do Cardina, um espaço privado de interesse etnográfico pertencente ao português José Cardina de Freitas Melim, e inaugurado em 2006. O espólio é um verdadeiro testemunho da história de Porto Santo, onde se podem ver uma multiplicidade de peças e artefactos da agricultura, da pesca e outros ofícios.

Imperdíveis são mesmo os passeios em veículos motorizados ou mesmo a pé e partir à descoberta dos encantos da ilha, um património histórico e cultural (ver galeria de fotos) que tive oportunidade de apreciar aquando de uma recente visita à Ilha Dourada. Para os amantes da bicicleta há vários trilhos para praticar desporto e também se aconselha um passeio de barco nas águas cristalinas do Atlântico. Ao fim de uma semana o visitante vai embora com o desejo de voltar. Até já Ilha Dourada!

Vaz Mendes é jornalista, natural da cidade do Porto, Portugal. Iniciou sua carreira na Gazeta dos Desportos, tendo depois passado pelo Record, Jornal de Notícias e Comércio do Porto, jornais de referência em Portugal. Participou da cobertura de múltiplos eventos nacionais e internacionais (Futebol, Basquetebol, Andebol, Ciclismo e Hóquei em Patins). Foi coordenador redatorial do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica). É responsável pelas redes sociais de equipes de ciclismo e dirigente desportivo em uma associação de Ciclismo. É colaborador do PortalR3, com textos publicados sendo escritos em português de Portugal.

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