Arroz de safra nova ou velha: qual tem o melhor resultado na panela?

Entender que arroz não é tudo igual pode garantir melhor custo-benefício e gerar economia no fim do mês

O arroz é um alimento que está presente na alimentação da maioria dos brasileiros. (Foto: divulgação)

Na rotina das compras, é comum que os consumidores, influenciados por hábitos de consumo, acabem escolhendo sempre os mesmos produtos, sem reparar em informações fundamentais para avaliar a qualidade de um alimento essencial na mesa dos brasileiros: o arroz. Apesar de ser uma escolha simples, algumas dicas podem garantir o melhor custo-benefício e assegurar que os grãos rendam, fiquem soltinhos e brancos na panela.

Há várias marcas e tipos de arrozes, sendo o agulhinha e o integral os mais consumidos, seguidos de variedades como o parboilizado, arbóreo e negro. Enquanto a qualidade do feijão é definida pelo frescor dos grãos, no caso do arroz é o oposto: os grãos mais velhos oferecem vantagens em textura e sabor.

“Nós trabalhamos com o arroz mais velho, porque o arroz novo tende a empapar e a não render. Todas as carretas que chegam aqui — em torno de 80 por semana — passam por um teste para determinar a qual marca o arroz será destinado. Avaliamos e experimentamos como ele fica na panela, já que esse é um critério importante para classificar os grãos”, explicou Alexandre Ruston, sócio-diretor da Fantástico Alimentos e diretor da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz).

Segundo o especialista, a região onde o arroz é cultivado também influencia diretamente na qualidade final. O teor de amilose, um dos principais componentes do amido de arroz, também é determinante, pois afeta características como a textura, a capacidade de absorção de água, a viscosidade e a expansão de volume.

“Arroz com baixo teor de amilose é mais macio. O arroz começa a se qualificar desde o plantio. Tem produtor que cuida muito bem da lavoura, seleciona as sementes e combate as pragas de maneira correta. Nós escolhemos esses produtores mais caprichosos e também consideramos a região para que, logisticamente, possamos receber o arroz no tempo certo”, destacou

Avaliar aspectos como a cor dos grãos cozidos e o volume ajuda a reconhecer a qualidade do arroz. Foto: divulgação.

Dicas

No supermercado, verifique a data de fabricação, as categorias tipo 1 e 2, e prefira embalagens transparentes para visualizar a integridade dos grãos. Ao preparar arroz em casa, observe o rendimento da receita, a cor do arroz cozido, o quanto os grãos crescem e se ficam soltinhos.

Por norma, o arroz tipo 1 precisa ter um percentual maior de grãos inteiros, mínimo de 92,5%, com uma seleção de pureza mais rigorosa, grãos lisos e uniformes. No caso do tipo 2, o percentual mínimo de grãos inteiros é de 85%, a quantidade de grãos quebrados é maior, e ele pode conter um pouco mais de impurezas, além de grãos menos uniformes e mais opacos.

“Atualmente, a maior inovação na produção de arroz são as máquinas eletrônicas, que filmam grão por grão, eliminando qualquer defeito. Determinamos que esse arroz não deve ter barriga branca (mancha esbranquiçada) e nem grãos quebrados. A máquina faz a seleção exatamente com o que especificamos”, explicou Celso Oliveira Ruston, sócio-diretor da Fantástico Alimentos.

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História

A história da Fantástico Alimentos começa em 1975, quando Celso Ruston abriu a própria empresa de arroz em Jacareí. Foi pelas mãos dele que o grupo modernizou processos e passou a atuar também com feijão. Em 1993, o comando passou para Mariana Ruston de Carvalho, Celso Oliveira Ruston e Alexandre Oliveira Ruston, que já atuavam no grupo.

Após quase 50 anos, a empresa atua com linhas de arroz, feijão e massas. Com 250 funcionários diretos e atuação com foco nos estados do sudeste, a meta é fortalecer e expandir a empresa como fornecedora de alimentos em âmbito nacional.

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