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Coreia do Norte lança míssil balístico de longo alcance

A Coreia do Norte costuma lançar seus mísseis de longo alcance e mais poderosos com uma trajetória para cima, e não para fora

A Coreia do Norte lançou nesta quinta-feira, 31 (noite de quarta-feira, 30, no horário de Brasília) um “míssil balístico de longo alcance”, informou o Exército sul-coreano, no primeiro teste armamentista desde que Seul acusou Pyongyang de enviar milhares de soldados à Rússia.

“Nosso Exército detectou um lançamento de míssil balístico da área de Pyongyang para o Mar do Leste [Mar do Japão] aproximadamente às 07h10 de hoje”, segundo o Estado-Maior Conjunto (EMC) sul-coreano. “Presume-se que o míssil balístico seja um projétil de longo alcance lançado a um ângulo elevado”, acrescentou.

A Coreia do Norte costuma lançar seus mísseis de longo alcance e mais poderosos com uma trajetória para cima, e não para fora, e com isso garante evitar que ele sobrevoe os países vizinhos.

“Nosso Exército elevou seu nível de alerta e compartilha informações sobre os mísseis balísticos norte-coreanos com autoridades de Estados Unidos e Japão”, acrescentou o EMC.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Sean Savett, chamou o lançamento de “uma violação flagrante” de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU que, segundo ele, “aumentam desnecessariamente as tensões e correm o risco de desestabilizar a situação de segurança na região”. Savett disse que os EUA tomarão todas as medidas necessárias para garantir a segurança da pátria americana e dos aliados sul-coreanos e japoneses.

“Foi o tempo de voo mais longo de qualquer míssil até agora”, disse o ministro da Defesa do Japão, Gen Nakatani. “Acho que poderia ser diferente de um míssil convencional”, afirmou, já que sua duração de voo de 86 minutos e sua altitude máxima de mais de 7.000 quilômetros excederam os dados correspondentes de testes anteriores de mísseis norte-coreanos.

O lançamento acontece depois que Estados Unidos e Coreia do Sul pediram à Coreia do Norte que retirasse suas tropas da Rússia, onde Washington afirma que 10 mil soldados foram destacados para uma possível ação contra as forças ucranianas. (Com agências internacionais).

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