Na rede de ensino municipal, ninguém fica para trás. Quando algum aluno demonstra dificuldades para acompanhar o conteúdo na sala de aula, a escola oferece todo o suporte necessário com diversas ações pedagógicas focadas na aprendizagem.
A principal delas é o Programa Recupera, que visa intensificar o ensino de Língua Portuguesa e Matemática para minimizar os impactos da pandemia na educação, com materiais próprios e jogos didáticos para alunos.
Presente em todas as escolas de ensino fundamental desde 2021, o Recupera dispõe de professores que foram contratados para o reforço nas escolas e formações específicas aos educadores.
As atividades acontecem no período regular (Recuperação Intrínseca e Paralela) e no contraturno (Recuperação Intensiva), viabilizando propostas para o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, resolução de problemas e cálculo.
Na Emefi Profª Áurea Cantinho Rodrigues, região central da cidade, a professora Flávia Rubino conduz as aulas de matemática do Recupera. Ela salienta a importância da parceria entre os docentes para o sucesso do programa.
“Nós identificamos, em conjunto com as professoras da sala de aula, aqueles alunos com maior defasagem e aplicamos avaliações para entender quais são os pontos de atenção. A partir disso, atuamos de forma detalhada e personalizada no Recupera”, diz Flávia.
“Como as turmas do Recupera são reduzidas, em média 10 a 12 alunos, conseguimos atender as dúvidas de cada um pontualmente. A evolução é muito significativa e observamos o reflexo disso no desempenho escolar, melhorando o rendimento e a autoestima deles”, completa a professora.
As alunas Ana Beatriz da Silva, de 9 anos, e Nicole Guimarães, de 10, estão no 4º ano e já sentem o impacto do Recupera.
“Minhas notas melhoraram bastante e estou resolvendo até questões com números grandes, o que antes parecia impossível pra mim”, disse Ana Beatriz.
“Eu gosto do jeito que a professora explica e das atividades! Estou motivada e vou continuar me esforçando nas aulas”, afirmou Nicole.
Alfabetização
O trabalho do Recupera conta ainda com toda dedicação do Professor 2º Alfabetizador, responsável pela assistência às crianças que não concluíram essa etapa na idade adequada.
Estes docentes atuam dentro da sala de aula, dando apoio aos alunos que precisam, e realizam atendimentos individuais e personalizados, de acordo com a necessidade de cada estudante.
“Dominar a leitura e a escrita é o ponto de partida para que os alunos aprendam todas as matérias. Logo, eles sentem frustração diante dessas dificuldades, pois elas impedem que eles avancem nas demais disciplinas. A partir do momento em que sanamos isso, eles ganham autonomia para participar integralmente das aulas”, explica a professora Grazielle Fernandes.
“Envolve muita afetividade, nós precisamos estabelecer um vínculo com os alunos para que eles confiem na gente, e então aprofundamos nos exercícios”, reforçou a professora.
Um bom exemplo desta relação é o Félix Gonçalves Santos, de 10 anos. Aluno do 5º ano, ele superou as adversidades e expressa todo carinho e gratidão pela professora. “Ela me ajudou muito, gosto dela. Fico feliz por hoje ler e escrever sozinho, eu queria isso há muito tempo”, conta.
“Antes eu só folheava, agora estou lendo os livros na sala de aula, gibis em casa. Tudo fica mais fácil pra mim e para as minhas professoras também”, disse Félix, alegre e orgulhoso.
API
Cada aluno tem suas necessidades, talentos e realidade. Considerando essas particularidades, as escolas atendem com qualidade visando o melhor aproveitamento e desempenho escolar.
Entre os serviços e programas inclusivos da rede, outro destaque é o Atendimento Psicopedagógico Institucional (API), que busca auxiliar, por meio do apoio de professores psicopedagogos e atividades no contraturno, os estudantes que apresentam baixo desempenho escolar, dificuldades ou transtornos de aprendizagem.