A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou a previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano em 107 mil barris por dia (bpd), para 1,8 milhão de bpd, segundo relatório mensal publicado nesta terça-feira, 12.
Para 2025, o cartel também reduziu a projeção para o aumento na demanda mundial, em 103 mil bpd, para 1,5 milhão de bpd.
Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve registrar aumento de cerca de 200 mil bpd este ano e de 100 mil bpd no próximo, segundo projeta a Opep.
Fora da OCDE, a expectativa é de alta próxima de 1,7 milhão de bpd em 2024 e de 1,5 milhão de bpd em 2025.
Oferta
No mesmo relatório, a Opep manteve sua previsão para o aumento da oferta de petróleo entre países fora da Opep+ em 2024, em 1,2 milhão de bpd.
Estados Unidos e Canadá devem ser os maiores responsáveis pelo aumento da oferta este ano, prevê o cartel.
Para 2025, a Opep também reiterou sua projeção de avanço na oferta global da commodity fora da Opep+, em 1,1 milhão de bpd, com as principais contribuições vindo dos EUA, Brasil, Canadá e Noruega.
Ainda no relatório, a Opep informa que a produção da Opep+ teve aumento de 21 mil bpd em outubro ante setembro, para uma média de 40,34 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias.
A Opep+ engloba a Rússia e outros produtores de petróleo que não integram a Opep.
PIB
A Opep também elevou levemente a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global este ano, de 3% a 3,1%, segundo o relatório mensal publicado nesta terça-feira. A projeção para o avanço da economia mundial em 2025 também foi revisada para cima, de 2,9 a 3%.
O cartel elevou sua previsão de crescimento econômico este ano para os EUA, de 2,5% a 2,7%, mas manteve as da zona do euro, em 0,8%, e da China, em 4,9%.
Para 2025, a Opep agora prevê expansão econômica de 2,1% nos EUA, ante 1,9% anteriormente.
Para a China, a projeção também foi elevada, de 4,6% a 4,7%.
No caso da zona do euro, a estimativa de crescimento segue em 1,2%.