Portugal goleia a Polónia (5-1) e avança confiante para os “quartos” da Liga das Nações

A primeira parte dos comandados do espanhol Roberto Martínez foi tudo menos (bom) futebol. Após a entrada de Vitinha as coisas mudaram num ápice, com o médio do Paris Saint-Germain a “explicar” como se faz

Não é que o robusto resultado não se aceite, mas bem podia a seleção portuguesa ter poupado a tanto sofrimento os quase 50 mil adeptos que preencheram as animadas bancadas do Estádio do Dragão. Os primeiros 45 minutos resultaram numa das piores exibições alguma vez vista – pelo menos nestes encontros da Liga das Nações -, com a Polónia, sem o lesionado Robert Lewandowski, a desperdiçar algumas flagrantes oportunidades de golo, umas por inépcia, outras porque o guardião Diogo Costa mostrou porque é um dos melhores do Mundo.

Para se ter uma ideia da péssima atuação de Portugal, pese embora algumas iniciativas mais vistosas pelos flancos de Pedro Neto e de Rafael Leão, basta dizer que Cristiano Ronaldo – praticamente “alheio” do encontro -, teve uma ténue oportunidade de abrir o marcador já no período de descontos. Até então assistiu-se a um jogo sem qualquer nexo, sem ideias, e muito pouco condizente com a categoria de futebolistas elevados a estrelas.

O curto período de intervalo terá servido – como serviu – para rever o filme da primeira metade da partida. Num ápice, Portugal garantiu total supremacia sobre o seu opositor e rapidamente passou do “oito ao oitenta”. Não obstante a melhoria de rendimento de todos os jogadores, é da mais elementar justiça destacar a entrada do médio Vitinha, por troca com João Neves, que até nem estava a ser dos piores em campo. O jogador do Paris Saint-Germain (ex-FC Porto) teve o condão de “arrumar a casa” e, a partir daí, a Seleção Nacional passou a mostrar o que realmente vale, garantindo tranquilamente a passagem aos quartos de final da competição.

Tudo fácil, ou melhor, tudo feito com muita classe e talento, como se exige a uma seleção recheada de talentos. Rafael Leão (aos 59 minutos), Cristiano Ronaldo (aos 72, de grande penalidade, e aos 87), Bruno Fernandes (aos 80) e Pedro Neto (aos 83) apontaram os golos de Portugal, que passou a somar 13 pontos na liderança – mais seis do que a Croácia -, enquanto Marczuk (aos 88 minutos) assinou o tento de honra dos polacos. Os croatas, que jogam com a seleção portuguesa na próxima segunda-feira, em Split, perderam por 1-0 na Escócia e seguem na segunda posição, com sete pontos, mais três do que a Polónia, que é terceira classificada, e a Escócia, quarta colocada e que ainda está na luta pelo apuramento.

Roberto Martínez (selecionador de Portugal): “Foi um jogo de duas partes. Estamos muito contentes, mas a primeira parte foi muito má e tivemos muita frustração. Mas a segunda parte foi do melhor que vi na nossa equipa, com muito foco. Ganhar assim à frente dos nossos adeptos foi muito especial. Agora é continuar a ganhar. Nos quartos de final vai ser importante jogar o segundo jogo em casa, porque os adeptos ajudam muito. É muito bom terminar no primeiro lugar do grupo”.

Vaz Mendes é jornalista, natural da cidade do Porto, Portugal. Iniciou sua carreira na Gazeta dos Desportos, tendo depois passado pelo Record, Jornal de Notícias e Comércio do Porto, jornais de referência em Portugal. Participou da cobertura de múltiplos eventos nacionais e internacionais (Futebol, Basquetebol, Andebol, Ciclismo e Hóquei em Patins). Foi coordenador redatorial do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica). É responsável pelas redes sociais de equipes de ciclismo e dirigente desportivo em uma associação de Ciclismo. É colaborador do PortalR3, publicando textos escritos em português de Portugal.

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