Já se sabia que Portugal partia para o derradeiro encontro com a Croácia, no Estádio Poljud, em Split, com a garantia de que o apuramento para os quartos de final da Liga das Nações estava garantido. Fosse qual fosse o resultado, o conjunto luso iria ultrapassar o obstáculo em primeiro lugar, pelo que o técnico Roberto Martínez dispensou para esta partida Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva e Pedro Neto, não podendo contar ainda com o castigado Bruno Fernandes.
Ao utilizar sete caras novas na equipa titular, houve mudanças significativas no setor defensivo, entre elas o estreante Tomás Aráujo, que formou um trio de centrais com Renato Veiga e Nuno Mendes. Nas laterais jogaram Nelson Semedo e Cancelo, enquanto João Neves, Vitinha e Otávio formaram o setor do meio-campo. Já na frente de ataque as escolhas recaíram em João Félix e Rafael Leão.
A Croácia precisava apenas de um ponto para seguir em frente na competição, pelo que o empate vinha mesmo a calhar, o mesmo não significando que Portugal tivesse abdicado de lutar pela vitória. Aliás, foi mesmo a primeira equipa a marcar, aos 33 minutos, por João Félix, depois de excelente domínio de bola e a rematar de pronto, após passe primoroso de Vitinha, o grande herói do recente triunfo (5-1) do conjunto luso no Estádio do Dragão.
Na segunda metade da partida, após algumas mexidas no conjunto croata, o tento do empate surgiu aos 66 mintos por Gvardiol, lateral do Manchester City, a aparecer nas costas de Nelson Semedo e a rematar de ângulo difícil, restabelecendo a igualdade. Após a entrada de Francisco Conceição, filho do ex-técnico do FC Porto Sérgio Conceição e a quem o selecionador nacional apelidou de “espalha brasas”, Portugal podia ter chegado à vitória por Nuno Mendes, com defesa quase por instinto de Livakovic, mas a Croácia também andou lá perto. O guardião José Sá, que substituiu o habitual titular Diogo Costa, de fora devido a uma indisposição gástrica, evitou o golo por duas vezes na mesma jogada. No período de descontos ainda houve tempo para mais um susto, mas o remate de Budimir encontrou o poste da baliza portuguesa.
Roberto Martínez (selecionador de Portugal): “Estou muito orgulhoso. No futebol é muito difícil fazer sete mudanças no onze inicial e manter os conceitos. Marcámos na primeira parte, a Croácia reagiu, mas é normal, pois jogou em casa. Hoje três jogadores fizeram a estreia, mais o Nuno Tavares com a Polónia. Temos muitos jogadores de alto nível, abrimos a porta da competitividade na Seleção e terminamos sem derrotas”.