Exposições do grupo Ubuntu em Caraguatatuba

Ceramistas integram inauguração do Complexo do Mirante do Camaroeiro

(Foto: Divulgação)

As exposições “A Grande Maloca e Percurso” do grupo Ubuntu Caraguatatuba – Ceramistas criam o ambiente para a inauguração no Centro Administrativo do Complexo do Mirante do Camaroeiro no dia 27 de dezembro, às 9h.

Os artistas Carlo Cury, Claudia Canova, Lu Chiata, Kadu Gravato e Giuliana Argañaraz e a artista plástica convidada Érica Sanches apresentam ao público, peças e objetos que valorizam a cultura indígena em suas diversas dimensões, fruto de trabalho e pesquisa. O Mirante está localizado na Rua José Viêira da Mota, s/n, Prainha – Mirante do Camaroeiro

Sobre as exposições

“A Grande Maloca” apresenta um conjunto de 32 máscaras de indígenas de etnias brasileiras e objetos em cerâmica que reverenciam a cultura indígena.

A pergunta básica que motiva o grupo é: Quais são as nossas origens? Num país colonizado como o Brasil, muitas vezes são negligenciados os povos autóctones.

Os indígenas, que aqui habitam desde antes da chegada dos portugueses, são fundamentais para a construção da nossa nacionalidade brasileira, influenciando-a sob diversos aspectos, como as línguas, as comidas e o modo de viver, bem como a arte de modo geral.

O objetivo da exposição é registar elementos de adornos e grafismos faciais das diferentes etnias estudadas sem tentar definir rigidamente os aspectos de uma etnia, mas sim reconhecer a riqueza da diversidade cultural e a complexidade das identidades indígenas, promovendo a valorização de seus costumes e tradições.

O arte-ceramista Carlo Cury, integrante do Grupo Ubuntu almeja concluir a obra com a produção de máscaras das 305 etnias brasileiras, listadas no tapete central da instalação.

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A modelagem cuidadosa e a coloração com o uso do engobe, que é um tipo tinta que mistura argila e óxidos de cores variadas, são alguns dos recursos utilizados pelo artista para gerar no público a percepção de estar em contato direto com as diversas culturas de um Brasil pouco conhecido.

Já a exposição “Percurso” é fruto da pesquisa desenvolvida para o ‘Projeto Origens’, criado em 2011, onde neste momento, os artistas, a partir de um processo de observação e estudos de formas e grafismos, replicaram a cerâmica arqueológica Tupiguarani.

Para tanto, os artistas Carlo Cury, Claudia Canova, Lu Chiata, Kadu Gravato e Giuliana Argañaraz do Grupo e a artista plástica convidada Érica Sanches efetuaram estudos a partir de fragmentos arqueológicos provenientes de alguns sítios pesquisados no Vale do Paraíba, bem como, pesquisas junto ao acervo do MAV (Museu de Antropologia do Vale do Paraíba), em Jacareí, com destaque para as peças recuperadas do Sítio Caninhas, localizado no município de Canas/SP.

Assim, em seu “Percurso” os artistas recriam esses objetos e seus grafismos numa perspectiva que valoriza a cultura indígena em suas diversas dimensões, incluindo fatores emocionais coletivos e elementos racionais históricos e culturais, além do potencial criativo de cada um.

A exposição, portanto, leva a repensar formas, texturas, acabamentos e queimas, estabelecendo pontes entre o passado, o presente e o futuro de uma tradição cultural, neste caso, da Tradição Tupiguarani.

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