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Sporting vence Rio Ave (3-0) em ritmo de passeio e lidera isolado

Leões tiveram uma viagem tranquila a Vila do Conde e até pouparam o avançado Viktor Gyokeres. Mal saltou do banco, a escassos minutos do final, o sueco ajudou à festa com um golo bem ao seu jeito

Lances da partida. (Foto: Rio Ave FC)

Não podia ter sido mais pacífica a deslocação do Sporting ao Norte do País para defrontar o Rio Ave, curiosamente uma das duas equipas que ainda não tinha consentido qualquer derrota no seu reduto, como acontece com o FC Porto. O golo inicial, logo aos 3 minutos, terá ajudado a precipitar o desaire, mas não explica tudo. É verdade que o autogolo do veterano Aderllan Santos não estava no programa, mas o zagueiro brasileiro, capitão de equipa, que minutos antes do início da partida havia sido homenageado por ter atingido os 200 jogos com as cores do emblema vilacondense, revelou-se imprudente ao aliviar a bola, introduzindo-a na sua própria baliza.

O clube de Alvalade começava bem na tentativa de garantir a liderança na competição, depois de na véspera o Benfica se ter desenvencilhado no seu terreno do Famalicão com um robusto triunfo (4-0), para o que contribuiu o hat-trick do volante luxemburguês Leandro Barreiro. Assim, a equipa agora dirigida por Rui Borges segue isolada no comando do campeonato e por lá permanecerá, mesmo que o FC Porto vença a partida que lhe falta disputar nesta ronda com o Gil Vicente, uma complicada deslocação a Barcelos, depois do desaire na Madeira diante do Nacional. Por tudo isto, dada a proximidade pontual entre os três “grandes”, esta segunda volta do campeonato promete emoções bem fortes.

Em Vila do Conde o Sporting teve via aberta para a vitória. O dinamarquês Conrad Harder, que ocupou o lugar do “ausente” Gyokeres, bem como o seu compatriota Morten Hjulmand andaram muito perto do segundo golo, mas o espanhol Iván Fresneda e os internacionais portugueses Francisco Trincão e Geonany Quenda também ameaçaram. Só que na baliza do Rio Ave o albanês Antzelo Sina, emprestado pelos gregos do Olympiakos, teimava em exibir-se a grande altura. E só não fez melhor porque, aos 23 minutos, não teve qualquer hipótese de segurar o potente remate desferido por Hjulmand, na transformação de uma grande penalidade, a castigar mão dentro da área do defesa argentino Francisco Petrasso, após o lance ter sido visionado pelo VAR.

À “suecada” é que é bom!

Para a segunda metade da partida o Rio Ave surgiu mais compacto, aproximou-se mais da baliza do Sporting, mas foi sol de pouca dura. O guardião leonino Rui Silva, recentemente contratado e com entrada direta para o “onze” titular, em detrimento de Franco Israel, pouco ou quase nada teve que fazer, enquanto que os leões aproveitaram para gerir o resultado. E até deu para Viktor Gyokeres “fazer uma perninha”, pois entrou aos 81 minutos e aos 88 selou o resultado final, com um golo bem à sua maneira, ao fletir da esquerda para o centro e a rematar em arco de forma imparável. O atacante sueco tem sido a peça-chave da estrutura dos leões, mas os problemas físicos que recentemente sentiu levaram o técnico Rui Borges a ter naturais cuidados.

Petit (treinador do Rio Ave): “Foi um jogo difícil para nós, contra uma belíssima equipa. Sofremos um golo aos três minutos, o que torna tudo mais difícil, mas, ainda assim, deveríamos ter feito mais. Ao intervalo tentámos corrigir a pressão, para que fossemos mais compactos, mas faltou discernimento e a equipa ficou partida. Temos de crescer e ganhar maturidade. Agora é descansar e preparar o próximo jogo”.

Rui Borges (treinador do Sporting): “A equipa queria ganhar. Não foi um jogo fácil, nós é que o tornámos mais simples. Defrontámos uma equipa que não perdia um jogo em casa há mais de 20 jogos. Fomos sérios. Tivemos uma alma enorme, uma crença e ambição enormes. A equipa foi incrível do início ao fim. O Rio Ave tem um remate por cima da baliza na segunda parte. Controlámos sempre o jogo com muita qualidade. Criámos oportunidades de golo claras. Estivemos ligados do início ao fim”.

Vaz Mendes é jornalista, natural da cidade do Porto, Portugal. Iniciou sua carreira na Gazeta dos Desportos, tendo depois passado pelo Record, Jornal de Notícias e Comércio do Porto, jornais de referência em Portugal. Participou da cobertura de múltiplos eventos nacionais e internacionais (Futebol, Basquetebol, Andebol, Ciclismo e Hóquei em Patins). Foi coordenador redatorial do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica). É responsável pelas redes sociais de equipes de ciclismo e dirigente desportivo em uma associação de Ciclismo. É colaborador do PortalR3, publicando textos escritos em português de Portugal.

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