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CAIXA Cultural São Paulo apresenta o espetáculo Eu amarelo: Carolina Maria de Jesus

Indicada ao Prêmio Shell, a peça retrata a trajetória de uma das maiores escritoras negras do Brasil

(Foto: Divulgação)

A CAIXA Cultural São Paulo apresenta nos 25, 26, 30 e 31 de janeiro, e 1 e 2 de fevereiro de 2025, o espetáculo EU AMARELO: CAROLINA MARIA DE JESUS.

Com dramaturgia de Elissandro Aquino e direção de Isaac Bernat, o espetáculo apresenta um retrato contundente sobre a vida de uma das maiores escritoras negras da literatura brasileira do século XX. Entrada gratuita.

Carolina Maria de Jesus dedicou sua vida à literatura, transformando palavras retiradas do lixo em relatos que denunciaram as desigualdades sociais de sua época. Carlos Drummond de Andrade definiu-a como “a mais necessária e visceral flor do lodo”.

Sua obra mais conhecida, Quarto de Despejo, vendeu mais de um milhão de exemplares, foi traduzida para 13 idiomas e alcançou leitores em 80 países. O livro serviu como base para a adaptação do espetáculo, revelando as profundezas de uma vida marcada pela escassez e pela resiliência.

Além de Quarto de Despejo, o espetáculo incorporou fragmentos de outras obras da autora, como Diário de Bitita e Casa de Alvenaria, além de pesquisas biográficas e provérbios. Para o dramaturgo Elissandro Aquino, “Carolina é um estandarte-corpo-ato-palavra-manifesto-político que aponta a cristalização de uma sociedade que precisa repensar seus valores.

As obras de Carolina revelam nuances sobre o racismo, a desigualdade social, o feminicídio e o genocídio.

São tantas camadas descortinadas por ela que não resta muito a fazer, a não ser encarar a miséria de um povo e, consequentemente, a nossa. Trazer Carolina à tona é mostrar um Brasil que ainda precisa de ajuda”, afirma.

A literatura de Carolina Maria de Jesus só foi redescoberta na década de 90, graças ao pesquisador brasileiro José Carlos Sebe Bom Meihy e do norte-americano Robert Levine.

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No exterior, porém, ela nunca deixou de ser lida e estudada, sobretudo nos EUA, onde Quarto de Despejo, traduzido como Child of the Dark, é utilizado nas escolas.

O espetáculo retrata três momentos significativos da trajetória da escritora: sua vivência na favela que deu origem aos diários, sua ascensão como fenômeno editorial e o período de esquecimento.

Quase cinquenta anos após sua morte, o Brasil volta a se debruçar sobre as palavras de Carolina, que um dia afirmou: “ninguém vai apagar as palavras que eu escrevi”.

No palco, a atriz Maiara Carvalho é quem ecoa os versos, as histórias, conquistas e sonhos da escritora.

“Contar Carolina, é contar as histórias da minha mãe, das avós, vizinhas e de várias mulheres que enfrentam desafios pela falta de acesso, de garantia de direitos básicos e dignidade. Me sinto lisonjeada de poder estar em um espetáculo que revela injustiças atemporais, e que precisam estar no centro das discussões no campo das artes, da educação e demais áreas”, afirma.

Para diretor do espetáculo, Isaac Bernat, “o exemplo de superação que Carolina nos mostra é um estímulo para que todos os oprimidos e excluídos do país não deixem de acreditar em seus sonhos e desejos. Acreditamos na força e no poder do Teatro em tocar as pessoas.”

O público também poderá participar da oficina “O Olhar do Griot sobre o Ofício do Ator”, ministrado por Isaac Bernat, que compartilhará sua vivência com o renomado Griot Sotigui Kouyaté.

A atividade acontecerá nos dias 30 e 31 de janeiro, das 9 às 13h, na CAIXA Cultural São Paulo. A entrada é gratuita, mas é necessário se inscrever através do e-mail [email protected]. A oficina terá capacidade para 30 inscritos.

SOBRE A CAIXA CULTURAL SÃO PAULO:

Inaugurada em 1989, a CAIXA Cultural São Paulo está localizada na Praça da Sé, no Edifício Sé, erguido em 1939 para ser a sede da Caixa Econômica Federal de São Paulo.

Trata-se de um prédio histórico no estilo Art Déco, tombado, no qual funcionam, além da CAIXA Cultural, algumas áreas administrativas da CAIXA e a Agência Sé.

No térreo do edifício situa-se a galeria D. Pedro II, com exposições temporárias, além do Grande Salão, onde são realizados espetáculos de dança, teatro, shows, debates, leituras dramáticas e palestras.

No primeiro andar está a galeria Neuter Michelon e no segundo piso a Galeria Humberto Betetto, que também abrigam mostras de curta duração.

O Museu da CAIXA, com sua exposição de cunho permanente, localiza-se no 6º andar do edifício, contando com instalações originais, mobiliários e equipamentos preservados desde a década de 1930.

A visitação, que também pode ser monitorada, individualmente ou em grupo, permite uma verdadeira imersão no tempo e uma reflexão sobre o papel fundamental da instituição no desenvolvimento do país.

Neste mesmo andar estão localizadas a Sala de Oficinas e o Auditório. A CAIXA Cultural São Paulo é de fácil acesso ao público, pois o Edifício Sé está a 100m da Estação Sé do Metrô.

SOBRE A ATRIZ

Maiara Carvalho representa a nova geração de atrizes negras do Rio e uma promessa a partir de trabalhos já realizados na Cidade do Rio de Janeiro. Pedagoga, formada pelo Centro Universitário Gama e Souza, atriz, Capoerista, Percussionista e Curinga de Teatro do Oprimido.

Integrante do Colegiado gestor do Centro de Teatro do Oprimido – CTO, onde também coordenou o Projeto Teatro das Oprimidas 2021/2023 e o projeto Ponto de Cultura 2018/2020.

Possui experiência internacional em Teatro do Oprimido, participando de eventos, laboratórios e intercâmbio nos EUA, Alemanha, Peru, Guiné-Bissau e Argentina. Em 2015, foi contemplada pelo Prêmio Território de Cultura, como reconhecimento ao trabalho realizado pelo (GTO) Maré 12.

Como multiplicadora do Teatro do Oprimido, realizou oficina na Escola Politécnica Joaquim Venâncio Fiocruz em julho de 2016 e oficinas de Teatro do Oprimido com meninas do PACGC- Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, unidade de internação feminina do Novo Degase em janeiro de 2016. É co-autora do artigo “Paz na Maré,” autora dos artigos “Maré 12: Maré cheia e calmaria o teatro, a descoberta, a vida”; “Papo com elas: meninas, jovens e MAIS VELHAS .”;“Identidades Curinga”; Gingando para torna-se Curinga”, “O futuro presente”; entrevista com Amir Hadad Boa vizinhança forte aliança”; “Grupo de Teatro do Oprimido Ponto Chic”, publicados nas revistas METAXIS 2016, 2020 e 2023 pelo CT

SOBRE O DIRETOR

Isaac Bernat é carioca, tem 64 anos, ator, diretor e professor de interpretação da Faculdade Cal de Artes Cênicas. Doutor em Teatro pela UNIRIO. Autor do livro “ Encontros com o griot Sotigui Kouyaté”.

Prêmio CEMIG de Melhor Monólogo com ”Cora do Rio Vermelho”,Prêmio Botequim Cultural de ator por “Incêndios” de Wajdi Mouawad, direção de Aderbal Freire Filho. Prêmio Zilka Salaberry, pela direção de “Lili, uma história de circo” de Lícia Manzo. Premio Zilka Salaberry de melhor Texto com “Rosa e a Semente” com o grupo Pedras . Prêmio Coca Cola como ator em “As Aventuras de Pedro Malazartes”.

Entre as suas encenações, destacam-se:” Mostra a Tua Cara” de Rogério Corrêa, “As Aventuras de Pé de Vento no dia de Cosme Damião “ de Fátima Colin,“A História de Kafka e a Boneca Viajante”, “Projeto Mulheres da Palavra” “ Cora do Rio Vermelho” de Le nardo Simões, “ Tenho quebrado copos” de Ana Martins , “ O Encontro entre Malcolm X & Martin Luter King Jr” de Jeff Stetson, “Carolina Maria de Jesus – Eu Amarelo”, de Elissandro de Aquino, “ Deixa Clarear” e “ Por Amor ao Mundo – Um Encontro com Hanna Arendt” ambas de Marcia Zanelatto, e “ Calango Deu” de Suzana Nascimento.

Como ator seus trabalhos mais recentes são: “ Pá De Cal” de Jô Bilac, “Agosto” de Tracy Letts, “Incêndios” e “Céus” de Wajdi Mouawad, “Cara de Fogo” de Marius Von Mayenburg, “Mulheres sonharam cavalos” de Daniel Veronesi e “ Mão na Luva” de Oduvaldo Vianna Filho

SOBRE O DRAMATURGO

Elissandro de Aquino é premiado pela UNESCO com o Conto “De papel” e traduzido para o francês e inglês. É professor de literatura, psicanalista e psicodramatista. Indicado ao Prêmio Shell pela dramaturgia em “Eu amarelo”. Produtor da Viramundo, Sócio do Instituto João Donato.

Parecerista credenciado nas áreas de Artes Visuais, Museus e Memória e Humanidades pela Funarte, Ministério da Cultura. Atualmente está produzindo a peça de teatro “Vou fazer de mim um mundo”, com Zezé Motta e pesquisando o universo das mães de santo para a dramaturgia de “A água que me trouxe: Mãe Senhora”.

FICHA TÉCNICA

Atriz: Maiara Carvalho

Dramaturgia: Elissandro de Aquino

Direção: Isaac Bernat

Assistentes de Direção: Bebel Ribeiro, Camila Moura e Camila Monteiro

Direção de Movimento: Cátia Costa

Cenário: Sergio Marimba

Figurino: Margo Margot

Costureira: Ana Maria Bergone

Iluminação: Aurélio de Simoni

Trilha Sonora: Isaac Bernat

Operador de Luz: Rafael Turatti

Operador de Som: Thales Huebra

Fotografia: Margo Margot

Assessoria de Imprensa: Colateral Comunicação

Design: Claudio Partes

Acessibilidade Libras: Bruna Brancati e Tábata Coelho Takamoto

Fotografia: Cristiano Pepi

Filmagem: M2M

Divulgação: Gabi Nunes

Montagem: Ton Light

Produção Local: Leiza Maria

Produção: Viramundo

SERVIÇO:

EU AMARELO CAROLINA MARIA DE JESUS [teatro]

Dias: 25, 26, 30, 31 de janeiro | 1 e 02 de fev. 2025

Acessibilidade em Libras: dia 31 de janeiro

Horário: 19h

Ingressos gratuitos

(Retirada de ingressos com uma hora de antecedência do evento. Limitado a um por pessoa)

CAIXA Cultural São Paulo

Praça da Sé, 111, Centro, São Paulo

Telefone: (11) 3321-4400

Classificação Livre

Lotação: 100 pessoas

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