Um integrante de uma organização criminosa foi preso, nesta segunda-feira (27), em desdobramento da operação Munditia, deflagrada em abril do ano passado pela Polícia Militar de São Paulo e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para apurar fraudes em licitações.
O criminoso é apontado como gerente da principal empresa utilizada para a lavagem de capitais para a facção, com atuação em mais de 20 prefeituras e câmaras no estado de São Paulo.
A localização do suspeito, bem como sua identidade falsa, foram descobertos por uma equipe de inteligência da PMESP. A detenção do criminoso, que estava foragido desde a operação, foi realizada com apoio do Ministério Público e Polícia Militar do Estado da Bahia.
Ele foi preso na Praia de Arembepe, no município de Camaçari, e é investigado pelos crimes contra administração pública, corrupção, uso de documentos falsos e associação criminosa.
Sobre a operação
A Operação Munditia apura o envolvimento de integrantes de uma facção na disputa de licitações públicas de prefeituras do estado de São Paulo, em contratos que ultrapassam o valor de R$ 200 milhões.
Na ação deflagrada em 16 de abril do ano passado, cerca de 200 policiais militares apoiaram o cumprimento de quase 60 ordens judiciais que resultaram na prisão de 13 pessoas. Entre elas, três vereadores e um advogado, além de ocupantes de cargos públicos.
Os policiais estiveram em 11 prédios públicos, 21 conjuntos residenciais e dez comerciais e recolheram quatro armas, de calibres 380, .40, 38 e 9 milímetros, mais de 200 munições, 22 celulares e notebooks.
Também encontraram dinheiro: R$ 3,5 milhões em cheques, R$ 600 mil em espécie e quase 9 mil dólares.