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Operação mira esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro no Vale do Paraíba

Suspeitos simulavam sorteios da Loteria Federal nas redes sociais para enganar as vítimas e faturar valores milionários

(Foto; Divulgação/SSP-SP)

A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (11) a operação Fraude Premiada, que apura um esquema criminoso voltado à exploração ilegal de jogos de azar e a prática de lavagem de dinheiro na região metropolitana do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo.

Os investigados simulavam um sorteio da Loteria Federal nas redes sociais e lucravam valores milionários com os golpes.

As investigações foram realizadas pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) do Deinter 1. O golpe era aplicado em perfis de redes sociais usados para a promoção e comercialização das rifas ilegais.

Os suspeitos usavam como referência os sorteios da Loteria Federal para enganar as vítimas. A definição dos vencedores era baseada na combinação dos números sorteados nos concursos oficiais, induzindo os participantes a acreditarem na legalidade do sistema. O método aplicado aumentava significativamente o número de apostas.

Também foi identificado que alguns dos ganhadores das rifas eram amigos pessoais dos investigados, o que indica que os resultados eram manipulados para beneficiar os suspeitos ligados ao esquema.

Durante a apuração foi verificado que o pagamento das rifas era processado por meio de uma empresa intermediadora, como forma de ocultar movimentações financeiras ilícitas e dificultar o rastreamento de valores e a atuação das autoridades.

Investigados

O principal investigado no esquema realizava sorteios irregulares promovendo a distribuição de prêmios de alto valor sem qualquer autorização legal.

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Além disso, apresentava um patrimônio incompatível com sua renda formalmente declarada, com veículos de luxo e estilo de vida de alto padrão, segundo a Polícia Civil.

Há ainda indícios da participação de um empresário do ramo de compra e venda de automóveis, que é apontado como intermediário do esquema. Ele seria o proprietário dos veículos de luxo.

A prática configura uma forma de ocultação patrimonial, possivelmente associada a lavagem de dinheiro, que visa mascarar a origem ilícita dos recursos para a aquisição desses bens e dificultar a identificação dos verdadeiros proprietários.

Os relatórios de inteligência identificaram que o empresário e a empresa não possuem capacidade financeira que justifique a movimentação de valores tão expressivos em um intervalo de tempo tão reduzido. Os fatos foram analisados nos últimos cinco anos.

Apreensões

Com base nas informações, hoje foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados e nas sedes das empresas envolvidas no esquema.

A polícia apreendeu veículos de luxo, documentos, aparelhos eletrônicos e dinheiro em espécie, que serão analisados para aprofundamento das investigações e identificação dos envolvidos.

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