
De forma inédita, na última quarta-feira (26), a Marinha do Brasil (MB) promoveu, simultaneamente, quatro Oficiais mulheres do Corpo de Saúde da Marinha ao posto de ContraAlmirante. A partir de março, as Capitães de Mar e Guerra Daniela Leitão Mendes, ViceDiretora da Diretoria de Saúde da Marinha, Mônica Medeiros Luna, Vice-Diretora do Centro de Perícias Médicas da Marinha, e Claudia Regina Amaral da Silva Fiorot, Assistente do
Departamento de Auditoria em Saúde, serão elevadas ao posto de Oficial General.
Além delas,a Força concedeu ainda, promoção post mortem a Capitão de Mar e Guerra Gisele Mendes de
Souza e Mello, vítima de bala de perdida em 2024.
O Serviço Ativo da MB passa a contar agora com quatro mulheres no posto de Oficial General. Promovida em 2023, a Contra-Almirante Maria Cecília Conceição assumirá o cargo de Diretora do Hospital Naval Marcílio Dias. Será a primeira vez que uma mulher ocupa essa função na maior unidade de saúde da Marinha.
Homenagem Post Mortem

Pela primeira vez na história da Força Naval, foi concedida promoção post mortem a uma médica do Corpo de Saúde da Marinha. Promovida ao posto de Contra-Almirante, a homenagem reconhece a dedicação e o altruísmo da Capitão de Mar e Guerra Gisele Mendes de Souza e Mello, que faleceu vítima de disparo de arma de fogo de origem desconhecida, no dia 10 de dezembro, enquanto participava de uma cerimônia no Hospital Naval Marcílio Dias, na zona norte do Rio.
A honraria é um reconhecimento aos 29 anos de serviços dedicados à Pátria e à sociedade brasileira. Formada em medicina em 1993 pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), a médica, especialista em geriatria, ingressou no serviço ativo da Marinha em 1995. Superintendente de saúde no Hospital Marcílio Dias, a Almirante Gisele Mendes também foi diretora do Hospital Naval de Brasília. Tendo dedicado parte de sua carreira à medicina operativa, em setembro do ano passado, participou do 11º Curso de Ética Militar e do 23º curso de Direito Internacional dos Conflitos Armados, na Suíça.
É importante ressaltar que a promoção será apresentada ao Ministro de Estado da Defesa e encaminhada ao Presidente da República, com previsão de ratificação para o dia de 31 março de 2025.
Pioneirismo na participação das mulheres nas Forças Armadas
De forma inédita, além da promoção post mortem da Comandante Gisele Mendes, outras três militares mulheres do Corpo de Saúde da Marinha foram promovidas ao posto de Contra-Almirante. É a primeira vez na história da Força Naval em que quatro mulheres são promovidas, simultaneamente, ao posto de Oficial-General. A partir de março, as Capitães de Mar e Guerra Daniela Leitão Mendes, Vice-Diretora da Diretoria de Saúde da Marinha, Mônica Medeiros Luna, Vice-Diretora do Centro de Perícias Médicas da Marinha, e Claudia Regina Amaral da Silva Fiorot, Assistente do Departamento de Auditoria em Saúde, também serão providas a Almirante.

O Serviço Ativo da Marinha do Brasil (MB) agora passa a contar com quatro mulheres no posto de Oficial General. Promovida em 2023, a Contra-Almirante Maria Cecília Conceição assumirá o cargo de Diretora do Hospital Naval Marcílio Dias. Será a primeira vez que uma mulher ocupa essa função na maior unidade de saúde na Marinha.
Mulher na Marinha
A trajetória feminina nas Forças Armadas começou com a MB, em um processo gradual,iniciado com a criação do Corpo Auxiliar Feminino, seguido de uma reestruturação de Corpos e Quadros na Força, que ampliou a participação das mulheres em cargos de Direção, Comando e Comissões. Desde a primeira turma de Oficiais e Praças femininas, até a nomeação da primeira Almirante, em 2012, essas pioneiras têm atuado em um importante segmento estratégico parao País.

Com a formação das primeiras 114 Soldados Fuzileiros Navais, em 2024, as mulheres estão agora incluídas em todos os Corpos, Quadros, Escolas de Formação e Centros de Instrução da Força. Um pioneirismo que celebra as grandes mudanças promovidas pela MB ao longo de sua história para reafirmar seu compromisso com a meritocracia e a isonomia, ao oferecer equidade salarial e não estabelecer nenhum tipo de limitação em razão de sexo ou qualquer espécie na carreira militar-naval.
Nessa trajetória, as militares já conquistaram posições importantes, como as funções de Diretora de Organizações Militares, Chefe do Destacamento do Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade e Subchefe da Estação Antártica Comandante Ferraz. Também houve a participação feminina na Força-Tarefa Marítima na Força Interina das Nações Unidas no Líbano e na Missão de Paz das Nações Unidas na República Centro-Africana, que resultou no prêmio, por dois anos consecutivos, de Defensora Militar da Igualdade de Gênero da Organização das Nações Unidas, pelo trabalho realizado como assessora militar de gênero.