MDIC e BID anunciam R$ 11 bilhões para ampliar produtividade nos estados

Nova linha de crédito foi lançada em reunião do presidente em exercício, Geraldo Alckmin, com secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico

Nova linha de crédito foi lançada em reunião do presidente em exercício, Geraldo Alckmin, com secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico. (Foto: Júlio César Silva/MDIC)

Para aumentar a produtividade nos estados, o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e a representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Annette Kilmer, assinaram uma parceria na quinta-feira (27), em Brasília, para disponibilizar uma Linha de Crédito Condicional para Projetos de Investimento (CCLIP), no valor de R$ 11 bilhões.

Com olhar estratégico para a realidade de cada região, a nova linha de crédito tem o potencial de impulsionar a atração de investimentos, a produtividade e a inovação em áreas estratégicas para o desenvolvimento regional, como digitalização, segurança pública, agricultura sustentável, habitação e inclusão social.

“Estamos à inteira disposição dos secretários de Desenvolvimento aqui no MDIC. Agradeço também a parceria do BID. No ano passado, o PIB do Brasil cresceu 3,4%, e a indústria de transformação cresceu 3,8%. A indústria puxou o PIB, deu um apoio importante”, afirmou Alckmin na abertura da reunião com representantes das secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico.

“Vamos impulsionar a competitividade e a produtividade por meio de projetos de desenvolvimento”, garantiu a representante do BID. De acordo com Kilmer, os trabalhos já começaram no Tocantins, como iniciativa-piloto, com a meta de triplicar o número de empresas exportadoras.

Reunião com os estados

Após destacar os indicadores econômicos, o ministro apresentou aos representantes dos governos estaduais a Nova Indústria Brasil (NIB), reforçando os pilares e as seis missões para impulsionar: (1) agroindústria, (2) complexo industrial da saúde, (3) cidades sustentáveis e infraestrutura, (4) tecnologia da informação e semicondutores, (5) transição ecológica e (6) defesa e aeroespacial. Ele também ressaltou os quatro pilares da NIB: uma indústria mais inovadora, mais verde, mais competitiva e mais exportadora.

“Temos R$ 80 bilhões em crédito para inovação, com juro real zero. Queremos uma indústria inovadora”, destacou o ministro. O estímulo à inovação também passa pela melhoria do ambiente de negócios. Alckmin explicou que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) vai reduzir de sete para dois anos o tempo de registro de patentes — prazo equivalente ao padrão internacional — e diminuir de 18 meses para 30 dias o tempo de registro de marcas.

Para promover uma indústria mais sustentável, o ministro destacou o programa MOVER, que estimula a inovação, a sustentabilidade e a eficiência energética do setor automotivo e de autopeças. Além disso, ele apresentou o Regime Especial da Indústria Química (REIQ) e a Lei do Combustível do Futuro.

O estímulo à competitividade ganhou força com o programa de renovação de máquinas e equipamentos. “O Brasil teve uma desindustrialização precoce e severa, porque ficou caro e perdeu competitividade. Para estimular a competitividade, um programa está aberto, chamado Depreciação Acelerada. Então, já podem dar entrada nos projetos para renovar o parque fabril”, afirmou.

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O presidente em exercício também apresentou ferramentas para estimular a exportação, como o Portal Único e o Acredita Exportação. “Este é um grande estímulo para a pequena empresa exportar. Na hora que ela exportar, o governo devolve imediatamente 3% do valor exportado, para compensar o crédito tributário”, explicou. “No Brasil, a pequena empresa exporta muito pouco. Nós queremos que elas ganhem mercado e que a empresa que exporta mude de patamar”, completou.

Agenda de trabalho

Após os representantes estaduais apresentarem as iniciativas em curso, a secretária executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Marcela Carvalho, pediu que os estados enviassem propostas de uma agenda de trabalho em parceria com o governo federal para avançar na atração de investimentos no Brasil. A ideia é realizar uma nova reunião no segundo semestre.

“A Janela Única de Investimentos é o grande projeto da Camex na área de investimentos, também em parceria com o BID. A ideia da Janela Única é reunir todos os anuentes do investimento em um único portal, reduzindo custos, tempo e prazos, e concentrando todos os serviços, incluindo licenças e outros aspectos que interessam ao investidor. Os estados também devem criar suas janelas e integrá-las à federal, para que possamos trabalhar de forma conjunta”, explicou Carvalho.

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