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SC Braga empata a uma bola com o Sporting em Alvalade e baralha contas da Liga Portugal

O Benfica fica isolado com dois pontos de diferença para o seu rival de Lisboa e FC Porto baixa ao 4º lugar por troca com o conjunto minhoto. Últimas seis jornadas do campeonato prometem emoções bem fortes

À Patrão. A dois ninutos do final, os minhotos gelaram o Estádio de Alvalade. (Foto: SC Braga)

O Sporting não foi além de um empate (1-1) no seu próprio reduto com o SC Braga e, quando faltam apenas seis jornadas para terminar o campeonato, este resultado isola o Benfica na liderança, fortemente motivado depois do triunfo da véspera (4-1) diante do FC Porto. Os leões de Alvalade já há muitas jornadas que seguiam na dianteira da prova, mas o trambolhão atira-os para uma situação que não desejavam. O conjunto de Alvalade sonha com a conquista do bicampeonato, feito que conseguiram pela última vez já lá vão 73 anos. O calendário ainda reserva aos leões uma ida à Luz para defrontar o Benfica, pelo que essa partida poderá ser decisiva para a atribuição do título de campeão na Liga Portugal.

Já se sabia que o SC Braga ia a Alvalade para amealhar pontos. Trata-se de uma formação com excelentes jogadores e todos os anos é apontado como um possível candidato ao título. Com efeito, o principal emblema minhoto possui excelentes estruturas, tem feito grandes contratações e também boas vendas, mas ainda está algo distante dos três “grandes”. Mas a ambição existe e é legítima, tanto mais que o conjunto orientado por Carlos Carvalhal, que também já treinou o Sporting, tem feito boas campanhas nas competições europeias, como de resto aconteceu esta temporada na Liga Europa, afastada na fase regular da prova na última jornada, mesmo assim com um triunfo sobre a Lazio de Roma.

Contudo, tudo apontava para que, com maior ou menor dificuldade, o Sporting levasse de vencida o seu adversário. E o jogo nem começou mal para os leões, pois o possante dianteiro sueco Viktor Gyokeres – em princípio de partida para o Arsenal de Londres -, atirou para o golo de livre direto quando apenas estavam decorridos 15 minutos da partida. O Estádio de Alvalade, completamente lotado, entrou em ebulição e ficava a ideia de que os leões iriam partir para uma vitória convincente. A verdade é que dispuseram de algumas ocasiões para dilatar a vantagem, quase sempre por intermédio de Gyokeres, mas o intervalo haveria de chegar sem que a maior pressão ofensiva dos leões fosse premiada.

Arsenalistas dividem, arriscam e petiscam… à Patrão
A segunda parte do encontro viria a ser mais equilibrada, num “filme” em algumas ocasiões visto e revisto em Alvalade, pois este Sporting de Rui Borges tem uma certa tendência para resguardar a vantagem. Claro que o 1-0 é sempre um resultado perigoso, tanto mais que do outro lado estava uma equipa que também precisava de pontuar no intuito de se isolar no terceiro lugar da tabela, o único que dá acesso direto à Liga Europa. Por isso os arsenalistas foram crescendo e acabaram dividir o jogo com o seu adversário, acercando-se por vezes com algum perigo da baliza defendida pelo português Rui Silva, emprestado pelo Real Bétis, de Espanha, na última abertura do mercado de transferências.

O conjunto minhoto bateu-se bem em Alvalade, especialmente na segunda parte do encontro. (Foto: SC Braga)

É um facto que o Sporting esteve bem mais perto de marcar, mas ao colocar-se a jeito – obviamente sem retirar qualquer mérito ao conjunto minhoto – acabou por sofrer o tento do empate quando faltavam apenas três minutos para se esgotar o tempo regulamentar. O jovem avançado Afonso Patrão, de apenas 18 anos, viveu um momento de sonho, pois apontou o seu primeiro golo ao serviço do SC Braga, através de um golpe de cabeça na sequência de um canto. O Estádio de Alvalade gelou por completo diante de tamanho balde de água fria, que naquele instante perdia a liderança do campeonato e, de certa forma, ficava com as contas do título comprometidas.

Rui Borges (treinador do Sporting): “Claramente que não é igual estar em primeiro ou em segundo. Mesmo em termos mentais para o jogador, como é lógico. Mas não muda nada o nosso discurso. Para sermos campeões, temos de ganhar os jogos todos até ao fim. Não ganhámos este, a margem de erro diminui, mas continuamos só a depender de nós. Claro que haverá um dérbi fora de casa (Benfica), que é mais difícil, mas não muda em nada o que tem sido o nosso pensamento e foco de jogo para jogo”.

Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Claramente mérito dos meus jogadores, que foram de uma abnegação e entrega muito grandes e acreditaram até ao fim. Fizemos muito para conseguir um ponto. Se é justo ou injusto, no futebol não há justiça. Eu acho que o Sporting pensou que tinha o jogo controlado. Apesar de estar sem bola, tinha o controle do jogo do ponto de vista defensivo. Tivemos uma ou duas situações claríssimas. O adversário tinha a sensação de que estava a controlar o jogo. Isso é perigoso para o Sporting e para todas as equipas”.

Vaz Mendes
É jornalista, natural da cidade do Porto, Portugal. Iniciou sua carreira na Gazeta dos Desportos, tendo depois passado pelo Record, Jornal de Notícias e Comércio do Porto, jornais de referência em Portugal. Participou da cobertura de múltiplos eventos nacionais e internacionais (Futebol, Basquetebol, Andebol, Ciclismo e Hóquei em Patins). Foi coordenador redatorial do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica). É responsável pelas redes sociais de equipes de ciclismo e dirigente desportivo em uma associação de Ciclismo. É colaborador do PortalR3, publicando textos escritos em português de Portugal.

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