
Até o final do ano, as Polícias Militar, Civil e Técnico Científica devem receber cerca de 5,4 mil novos policiais para reforçar os trabalhos de prevenção e combate ao crime, investigação e perícia.
O contingente faz parte da estratégia do Governo de São Paulo para reduzir o déficit nas carreiras policiais e reforçar a segurança em todo o estado.
Apesar das conquistas na gestão, como a maior redução de homicídios da história do estado, o aumento nas apreensões de drogas e no número de prisões, esses resultados foram alcançados com o menor efetivo policial já registrado na história.
Desde 2023, as forças de segurança de São Paulo já receberam 9,1 mil agentes, que foram redistribuídos estrategicamente em todo o estado — o ano passado atingiu a maior quantidade de policiais já contratados em um único ano desde 2011 (7,8 mil).
“A recomposição do efetivo policial era uma demanda antiga da sociedade e é um dos nossos compromissos para melhorar a segurança no Estado.
Sempre dissemos que valorizaríamos as corporações, as carreiras, aumentaríamos o efetivo e investiríamos em inteligência e no uso assertivo da tecnologia. E é exatamente isso que estamos fazendo com o aumento das contratações. Esse pessoal vai fazer a diferença”, afirma o governador Tarcísio de Freitas.
“Essa medida se mostra crucial diante do desafio de enfrentar o crime organizado e a reincidência criminal, além de permitir a implementação de operações de inteligência sofisticadas focadas no tráfico de drogas e na captura de lideranças criminosas”, destacou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
O estado tem reconhecido a necessidade de reforçar o efetivo policial para aperfeiçoar o combate à criminalidade e garantir a segurança da população. Até o fim de 2026, a previsão é que o total de vagas autorizadas na atual gestão chegue a 23,4 mil policiais militares e civis.
“A complexidade do crime organizado, com ramificações no tráfico de drogas internacional e lavagem de dinheiro em larga escala, exige uma força policial robusta e em constante crescimento para enfrentar essas ameaças de maneira eficaz em todo o estado”, reiterou o chefe da pasta da Segurança Pública.
Reforço nas investigações e aumento do policiamento ostensivo
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, até o final do ano, a Polícia Militar deve receber 1,9 mil policiais que estão em treinamento na Escola Superior de Soldados.
Posteriormente, eles serão distribuídos em batalhões e outras unidades policiais de São Paulo. “É fundamental reforçarmos a presença policial em nossas ruas, pois isso tem um impacto direto na dissuasão da criminalidade.
A presença ostensiva, combinada com o trabalho de inteligência e o uso de tecnologia, é um pilar essencial para garantir a segurança da população”, explicou o comandante-geral da PM, Cássio de Araújo de Freitas.
A Polícia Civil está com concurso em andamento. São 1,2 mil investigadores, 1,3 mil escrivães e 552 delegados com a formação na Academia de Polícia prevista para o segundo semestre deste ano. Para a Polícia Técnico-Científica, são 249 vagas para peritos criminais e 140 para médicos-legistas.
O fortalecimento na carreira policial é uma resposta para enfrentar crimes como latrocínios e roubos patrimoniais. No ano passado, houve a maior contratação de policiais civis da história do estado, com 3,5 mil agentes.
“A investigação policial é fundamental para desmantelar grupos criminosos e cadeias de receptores, seja por meio da coleta de evidências e da análise de informações”, explicou o delegado-geral de Polícia, Artur Dian.
“A investigação estratégica e o uso de inteligência são ferramentas indispensáveis para enfrentar a criminalidade organizada, que muitas vezes está por trás de crimes como o latrocínio.”