publicidade
𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒

Lars Grael fatura o 4º título sul-americano na Ilhabela Sailing Week

Os campeões Lars e Samuel. (Foto: Marcos Méndez/SailStation)
Os campeões Lars e Samuel. (Foto: Marcos Méndez/SailStation)

O inédito Campeonato Sul-americano da classe Star incluindo na Ilhabela Sailing Week terminou na sexta-feira (25) com a vitória de um tradicional campeão. Lars Grael levantou o troféu pela quarta vez (2005, 2008 e 201) enquanto Samuel Gonçalves comemorou sua primeira conquista continental. A campanha da dupla em 2014 é incontestável.

publicidade

Lars e Samuca velejaram durante a semana em uma flotilha de 18 barcos, sendo quatro tripulações argentinas. As presenças do atual campeão Bruno Prada, Guilherme de Almeida, Dino Pascolato e Reinaldo Conrad entre outros, garantiram o elevado nível técnico da competição.

“O Bruno, tricampeão mundial, o argentino Torkel, o Dino são grandes velejadores e tornaram o campeonato difícil para nós. Começamos com um ritmo forte, com três vitórias em quatro regatas, o que nos deixou em posição vantajosa”, comentou o campeão Lars. “Hoje (sexta) fomos mais conservadores e ao vencermos a sexta regata, nem precisamos correr a última, descartamos o resultado”.

Antes do Sul-americano, a dupla fez com que um barco brasileiro vencesse pela primeira vez a competitiva Bacardi Cup, em Miami, em seguida conquistaram o Campeonato do Hemisfério Ocidental da classe Star. “Por um equívoco da Comissão de Regatas deixamos de ganhar o Mundial de Star”, resignou-se Lars, consciente sobre o potencial da dupla com Samuca.

O proeiro credita a vitória na Ilhabela Sailing Week justamente ao treino para o Mundial da Itália. “Não foi um campeonato fácil, mas estamos muito bem treinados devido à preparação para o Mundial. A pressão estava toda em cima da gente”, analisou Samuca, que terá mais duas importantes competições para fechar a temporada, o 7º Distrito de Star no Rio de Janeiro e o Brasileiro no Lago Paranoá (DF).

Próximos do título – Enquanto Lars e Samuca comemoram, tripulações de outras classes entram nas regatas finais deste sábado brigando pelo título. Na S40, o Carioca venceu por oito segundos a prova de médio percurso disputada no Canal de São Sebastião com vento de sueste a sudoeste entre 10 e 14 nós (18 a 25 km/h), em um dia cinzento em que a temperatura não ultrapassou os 19ºC. A liderança da classe permanece com o Pajero Mitsubishi que quase conseguiu a ultrapassagem em cima da linha de chegada. A vantagem é de dois pontos, considerando-se o descarte.

“Corremos a regata toda longe do Carioca. No popa final, retornando do norte, recuperamos a velocidade e chegamos no final a dois barcos deles”, comentou o comandante do Pajero Mitsubishi, Sérgio Rocha, que elogiou o tático argentino Santiago Lange e a manutenção da equipe vice-campeã mundial de TP52. “Vamos continuar concentrados e torcer para termos uma boa regata neste sábado”.

𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒

A previsão para o dia decisivo da Ilhabela Sailing Week é de ventos fracos, na direção sul, entre 3 e 4 nós, abaixo de 8 km/h, o que pode dificultar a realização das regatas finais. A largada está mantida para o meio-dia, com tendência de trajetos barla-sota (boia a boia) para todas as classes.

Encalhe no Veloso – O veleiro Samsara, um Skipper 30 da classe ORC, encalhou em uma laje próxima à Praia do Veloso, sul de Ilhabela, durante a perna de contravento da regata de percurso médio desta sexta-feira. O comandante Fabrício Ness e a tripulação catarinense deixou o barco, que permanece encalhado, e foi resgatada sem qualquer risco por outras embarcações. A intenção era fugir da correnteza do meio do Canal de São Sebastião.

Dezenove barcos foram desclassificados por ultrapassar o limite da raia estipulado pela Comissão de Regatas, aproximando-se do baixio ao arriscarem a mesma tática para escapar da correnteza.

Força dos homens não intimida – A classe HPE é a única entre as oito da Ilhabela Sailing Week com o privilégio de proporcionar um duelo exclusivamente feminino. Dois barcos, entre os 22 inscritos, têm a bordo cinco mulheres. O Xereta, da Marina Lisarb, de Ilhabela, tem no comando Mariana Matheus. O Grifth Corum, do Iate Clube de Santos (ICS), é comandado por Juliana Duque.

Mariana, natural de Ilhabela, era tripulante do veleiro de oceano Jazz e competiu na Semana de Monotipos na classe Laser. Daniele Cardial veleja de Snipe e 420, além de ter morado em um veleiro durante sete meses. Completam a tripulação, Ariela Souza e Marisa Matheus, mãe da comandante Mariana.

“A Zonda nos emprestou o barco e estamos aprendendo muito porque a classe é uma novidade para nós. No primeiro dia, assim como a maior parte da flotilha, não conseguimos completar o percurso. Depois, nossa vela- balão rasgou, mas seguimos em frente com o objetivo de evoluir”, relatou Mariana que aproveita a boa vontade de dona Marisa para compensar a falta de um tripulante masculino.

“Minha mãe é a mais forte a bordo, por isso ajuda na proa. Em casa ela vive me dando bronca por causa da bagunça no meu quarto, mas no barco sou eu quem fala. Nas manobras eu grito: ‘vai mãe, caça logo!’ , e às vezes vem junto naturalmente um palavrão”, divertiu-se Mariana que inclusive trabalhou na organização do evento em 2013.

Enquanto o barco HPE de 25 pés (8 metros) é tripulado por quatro homens, a regra da classe permite que uma tripulação feminina seja formada por cinco velejadoras. “Há tarefas a bordo que exigem duas ou três mulheres. Em um barco de homens, bastaria um velejador para executá-la. A gente sai do barco, muito cansada, mas o esforço é gratificante”, justificou a comandante do Xereta que considera a tripulação rival, do Corum, mais bem treinada e que gostaria de ver mais mulheres na raia na Ilhabela Sailing Week de 2015.

A classificação da HPE confirma a observação de Mariana, com a equipe de Santos algumas posições à frente do time de Ilhabela. O barco do ICS tem o comando de Juliana Duque, medalha de bronze na categoria feminina do Mundial Universitário de Match Race no início do mês, na Itália. Completam a tripulação, Luciana Kopschitz, Mariana Peccicacco, Marina Jardim e Kyra Penido, filha do campeão olímpico Edu Penido.

A equipe é coordenada pelo diretor de Vela do Iate Clube de Santos, Odoardo Lantieri, que há três anos inscreve uma equipe de mulheres para correr em Ilhabela. “Com o apoio da Grifth Corum estamos investindo na vela feminina, ainda pouco representada nas grandes regatas. A ideia é de aumentarmos essa participação nos próximos anos”.

O ICS estabeleceu parceria com o Projeto Navega, da Prefeitura de Praia Grande para apoiar meninos e meninas que tenham interesse pela vela. “Doamos barcos e estamos oferecendo todo o suporte para que, por meio de uma ação social, possamos buscar novos talentos. Quero também, estimular as filhas dos associados a criarem o gosto pela vela”, enfatizou o também velejador Odoardo.

RESULTADOS

Classificação final do Sul-Americano de Star – 7 regatas c/ 1 descarte
1.- Lars Grael/Samuel Gonçalves – 11 pp (1+1+1+2+5+1+[19])
2.- Bruno Prada/Guilherme Almeida – 18 pp ([4]+3+3+1+4+4+3)
3.- Marcelo Bellotti/Antonio Moreira – 21 pp (2+4+4+[10]+7+2+2)
4.- Fábio Bruggioni/Marcelo Sansone – 21 pp (3+[5]+5+4+2+3+4)
5.- Dino Pascholato/Henry Boening – 22 pp ([7]+2+6+3+1+5+5)

S40 – 6 regatas, 1 descarte
Sexta regata – 1.- Carioca (Roberto Martins)

Acumulado:
1.- Pajero (Sérgio Rocha) – 7 pp (2+[3]+1+1+1+2)
2.- Carioca (Roberto Martins) – 9 pp (1+[4]+3+2+2+1)
3.- Crioula 29 (Samuel Albrecht) – 13 pp ([3]+2+2+3+3+3)

C30 – 6 regatas, 1 descarte
Sexta regata – 1.- CA Technologies (Marcelo Massa)

Acumulado:
1.- Zeus (Inacio Vandersen) – 8 pp ([3]+1+2+2+1+2)
2.- Relaxa Next Caixa (Roberto Mangabeira) – 16 pp (2+[7]+1+1+5+7)
3.- Caballo Locco (Mauro Dottori) – 16 pp ([5]+2+4+5+2+3)

HPE – 8 regatas, 1 descarte
Sexta regata – 1.- Take Ashauer (Marcos Ashauer)
Sétima regata – 1.- Ginga (Breno Chvaicer)
Oitava regata – 1.- Ginga (Breno Chvaicer)

Acumulado:
1.- Ginga (Breno Chvaicer) – 12 pp (1+1_+4+2+2+[9]+1+1)
2.- Atrevido (Fábio Bocciarelli) – 26 pp ([23]+10+3+1+1+2+2+7)
3.- Take Ashauer (Marcos Ashauer) – 30 pp (3+4+6+6+[23]+1+4+6)

ORC A – 6 regatas, 1 descarte
Sexta regata – 1.- Angela VI (Peter Siemsen)

Acumulado:
1.- Seu Tatá (Paulo Cesar Haddad) – 7 pp (2+2+1+1+1+[5])
2.- Angela VI (Peter Siemsen) – 9 pp ([3]+1+2+2+3+1)
3.- Lexus/Chroma (Gustavo Crescenzo) – 11 pp (1+[4]+3+3+2+2)

ORC B – 6 regatas, 1 descarte
Sexta regata – 1.- Ventanero (Renato Cunha)

Acumulado:
1.- Lucky V – 7 pp ([4]+1+1+1+1+[3])
2.- Absoluto (Pedro Prosdócimo Neto) – 14 pp (3+[4]+4+3+2+2)
3.- Santa Fé V (Nélson Ávila Thomé Jr.) – 17 pp (1+2+2+5+7+[10])

ORC C – 6 regatas, 1 descarte
Sexta regata – 1.- Rocket Power (Luiz Augusto Lopes de Castro) –

Acumulado
1.- Bravísismo 4 – 5 pp (1+1+1+1+1+[6])
2.- Rocket Power (Luiz Augusto Lopes de Castro) – 12,5 pp (4+3+3+2,5+3+1)
3.- Prozak (Márcio Finamore) – 13,5 pp (3+2+2+2,5+4+ [6])

ORC Geral – 6 regatas, 1 descarte
1.- Seu Tatá – 14 pp (5+6+1+1+1+[19])
2.- Lucky V – 14 pp ([7]+1+3+3+3+4)
3.- Angela VI – 17 pp ([10]+4+2+5+5+1)

IRC – 6 regatas, 1 descarte
Sexta regata – 1.- Rudá (Guilherme Hernandes)

Acumulado
1.- Rudá – 5 pp ([1]+1+1+1+1+1)
2.- Mandinga (Jonas Penteado) – 11 pp (2+2+2+2+[3]+3)
3.- Terroso (Carlos Augusto Matos) – 13 pp ([3]+3+3+3+2+2)

RGS A – 6 regatas, 1 descarte
Sexta regata – 1.- Quiricomba (Marinha)

Acumulado
1.- Montecristo (Julio Cechetto) – 18 pp (2+[7]+2+4+2+1)

2.- Quiricomba – 13 pp (8+2+1+1+1+[11])
3.- Fram (Felipe Aidar) – 17 pp (1+3+6+[7]+5+2)

RGS B – 6 regatas, 1 descarte
Sexta regata – 1.- Total Balance (Sérgio Klepacz)

Acumulado
1.- Total Balance – 5 pp (1+1+[13]+1+1+1)
2.- Bruxo (Luiz Schaefer) – 13 pp (2+2+1+5+3+[6])
3.- Albatroz (Marinha) – 18 (3+6+2+2+5+[13])

RGS C – 6 regatas, 1 descarte
Sexta regata – 1.- Azulão (Marcelo Polonio)

Acumulado
1.- Azulão – 7 pp (1+2+2+[4]+1+1)
2.- Xiliki (Renato Bosso)- 11 pp ([5]+3+1+3+2+2)
2.- Garrotilho (Paulo Linhares) – 12 pp (2+1+3+2+[16]+4)

RGS Cruiser – 5 regatas
Sexta regata – 1.- BL3 (Clauberto Andrade)

Acumulado
1.- BL3 (Clauberto Andrade) – 10 pp (1+3+4+1+1)
2.- Jambock (Marco Aleixo) – 18 pp (3+2+5+2+6)
2.- Boccaluppo (Claudio Meranagno) – 23 pp (8+4+1+6+4)

RGS Geral – 5 regatas
1.- Azulão – 31 pp (4+4+14+5+4)
2.- Montecristo – 37 pp (21+6+6+3+1)
3.- Xiliki – 38 pp (6+3+12++8+9)

Por equipes – 6 regatas, 1 descarte

1.- Escola Naval (Bijupirá/Breklé/Dourado/Quiricomba) – 131 pontos
2.- Iate Clube de Santos (Chroma/Pi/Ciao/Saba) – 158 pontos
3.- Charitas (Lucky V/Santa Fé V/Albatroz/Zeppa) – 173 pontos
4.- Yacht Club de Ilhabela (Orson/Fantasma/Kanibal/Jazz) – 204 pontos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo