Reunir e apresentar ao público trabalhos de alguns dos mais importantes artistas de rua, que fizeram do ambiente urbano suas galerias, é a proposta da exposição Street Art: um Panorama Urbano, em cartaz na Caixa Cultural de Brasília até domingo (11). São obras de brasileiros e de representantes da Inglaterra, Itália, França, dos Estados Unidos e de Portugal, que traçam um panorama da arte das ruas no mundo.
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Estão presentes na mostra artistas de diferentes gerações e que usam variadas técnicas – pinturas, colagens, mosaicos, instalações, resina, carimbo, montagem e esculturas, mas todos têm uma características em comum: usam as ruas para expor seu trabalho.
“Aqui temos trabalhos que refletem a intervenção desses artistas em ambientes urbanos, mas também trabalhos pensados para ambientes de galerias. Se não é uma exposição como essa, dificilmente teríamos contato direto com essa obras, esse tipo de manifestação artística”, disse o gerente da Caixa Cultura Brasília, Marcelo dos Santos.
Nomes como JefAerosol, ±MaisMenos±, Nunca, Rero, StenLex, Vhils, Herbert Baglione, os HowNosm e Pixel Pancho estão na exposição. O mais influente deles é o inglês Banksy. “Ele hoje é referência. Tem atuação e proposta de intervenção muito interessante, contundente e de repercussão mundial. Hoje, quando se fala em street art, a principal referência é o Banksy”, explica Santos.
A exposição Street Art, Um Panorama Urbano, acontece na Caixa Cultural em Brasília (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Dinheiro inspira alguns dos trabalhos em destaque na mostra Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Os temas abordados por cada nome são variados, indo de questões como mobilidade urbana, passando pela intolerância, preconceito, identidade cultural, críticas sociais e políticas. “Essa diversidade expressa uma característica do fazer artístico, que não se prende tanto a questões técnicas. A técnica importa, desde que esteja a serviço de uma mensagem”, diz o gerente.
A diversidade do suporte para o trabalho dos artistas chama a atenção. Logo na entrada da exposição, há rostos famosos pintados sobre papelão e madeira. Também é possível ver uma moeda esculpida num tronco, e uma camisa de futebol feita de notas de real, além de outros trabalhos com dinheiro. Há também intervenções com papel e gravuras feitas em uma porta e outra numa chapa de ferro.
Street Art está há dois meses em Brasília e recebeu 15 mil visitantes, segundo os organizadores. Já passou ppelo Rio de Janeiro e por São Paulo, e está na Caixa Cultural de Brasília só até domingo. A entrada é gratuita.