A Polícia Militar (PM) atualizou para 51 o número de detidos na manifestação contra o aumento da tarifa dos transportes, feito ontem (9) na região central de São Paulo. Segundo a Polícia Militar (PM), 2 mil pessoas participaram do ato. Já o Movimento Passe Livre (MPL), que organizou o evento, estima que 30 mil estavam presentes.
O MPL divulgou nota afirmando que a PM reprimiu o ato de forma violenta e “que lançou bombas de gás, bombas de estilhaço mutilante e atirou com balas de borracha para impedir que a marcha chegasse à Avenida Paulista”.
A passeata subiu a Rua da Consolação e, quando se aproximou da Avenida Paulista, por voltas das 19h30, houve confronto. As bombas de gás lacrimogêneo dispersaram os manifestantes. Alguns começaram a retornar pela mesma rua, em direção ao centro, outros correram pelas ruas transversais. Segundo o MPL, a PM perseguiu alguns manifestantes que seguiam agrupados, cercaram e fizeram prisões.
Em resposta, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) afirmou que “a PM atuou para garantir a segurança dos manifestantes e da população”. “[A PM] só agiu para conter aquelas pessoas que, lamentavelmente, agrediram policiais a pedradas, além de atacar estabelecimentos comerciais, bancos e veículos do transporte público”, completa a nota. Ainda segundo a SSP-SP, o uso de técnicas de dispersão foi necessário “para conter essas práticas criminosas”.
O aumento da tarifa nos transportes (metrô, trem e ônibus), de R$ 3 para R$ 3,50, entrou em vigor terça-feira (6). Em junho de 2013, diversas manifestações aconteceram na cidade por causa do anúncio de aumento das passagens de R$ 3 para R$ 3,20. A reação da população teve sucesso e o valor da passagem voltou a R$ 3.