Mais de 200 mil fieis devem passar pelo Santuário Nacional de Aparecida durante o período da Semana Santa, que inicia neste domingo (29), quando a Igreja celebra o Domingo de Ramos.
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Para a Sexta-feira da Paixão são esperados 45 mil peregrinos, para o Sábado Santo 50 mil fiéis, e no Domingo de Páscoa 88 mil visitantes passarão pelo Santuário.
A programação para todos os dias do período no Santuário Nacional está disponível em um canal especial de internet, que reúne notícias e subsídios da Semana Santa, o www.A12.com/semanasanta.
Neste final de semana estima-se que cerca de 99 mil visitantes passem pelo Santuário, sendo 43 mil no sábado e 56 mil no domingo.
– A Semana Santa é tempo propício para reflexão. Por isso também, muitos fiéis procuram o Sacramento da Confissão.
Para atender aqueles que passarão pela Basílica neste período, o Santuário Nacional preparou horários especiais para confissão.
Segunda: Das 7h30 às 11h e das 14h às 16h
Terça: Das 7h30 às 11h e das 14h às 16h
Quarta: Das 7h30 às 11h e das 14h às 16h
Quinta: Das 7h30 às 08h30 e das 14h às 16h
Sexta: Das 7h30 às 11h e das 13h30 às 14h30
Sábado: Das 6h30 às 11h15 e das 14h às 16h45
Domingo: Das 6h30 às 11h15 e das 14h às 16h
Artigo: Semana Santa, tempo da graça
Padre Luiz Carlos de Oliveira, C.SsR.
Quando vemos nossas Semanas Santas de hoje, sobretudo para os mais antigos, ficamos decepcionados, pois não vemos mais aquele espírito de que ela era revestida.
Havia tradições, celebrações, cerimônias, usos e costumes. Era muito bonito e interessante. A tradição criara um universo muito claro para a Quaresma e em particular para a esta semana. Antes se contavam tantas mil pessoas na procissão.
Agora dizemos: tantos mil carros que desceram para a baixada santista. Podemos perguntar: qual é o mais certo? O estilo de Semana Santa foi criado no correr dos séculos, e até muito recentemente. Quando fui a Jerusalém, fizemos uma via-sacra pelas ruas apertadas do centro velho.
O pobre padre, muito santinho que pregava, ficou perdido naquela confusão de gente vendendo e gritando. Pensei: A via-sacra de Jesus naquela sexta-feira sangrenta deve ter sido igual a essa. Não podemos voltar atrás, mas ir adiante. Certo que podemos recuperar alguns dados.
Mas, nem tudo se ajusta ao momento atual. Além do mais o universo religioso e o conceito de religião mudou. Assim é preciso criar novas manifestações que preencham o vazio que se produziu.
Caminhos novos para Semana Santa – A renovação litúrgica da Semana, que começou nos inícios de 1900, concretizou-se em 1955 com a reforma de Pio XII e se estabeleceu em 1969 com a publicação do missal romano.
O resultado desta reforma foi levar de volta toda a liturgia ao seu centro necessário que é a Páscoa, na sua tradição primeira: Tríduo Pascal, onde celebramos a morte, sepultura e ressurreição de Jesus, culminando com a Vigília Pascal, mãe de todas as vigílias do ano.
Uma boa catequese litúrgica parte da celebração bem preparada e bem realizada.
Esta celebração é fundamental, e graças a Deus, está encontrando seu lugar na cultura religiosa. A procissão do Senhor Morto era um mar de gente. Mas na Vigília Pascal havia só 100. Agora já se percebe uma mudança. Os novos costumes e tradições devem surgir deste acontecimento fundamental para a liturgia.
Devemos preservar as sãs tradições litúrgicas, mas ir catequizando o povo para a nova mentalidade. Sem catequese não funciona. Como não funciona, procura-se voltar ao passado para encher o vazio que se produziu. A catequese antiga se fazia através das representações e tantos exercícios de piedade pessoal ou comunitários.
Tudo é bom, desde que bem catequizado e orientado para o novo modo de compreender a liturgia. Agora criemos novas formas que nasçam da liturgia e não só da piedade.
Catequese que podemos fazer – Uma boa catequese litúrgica parte da celebração bem preparada e bem realizada. Se a celebração se torna uma tourada, não educa.
A explicação das cerimônias e a meditação dos textos, o uso de audiovisuais pode ajudar muito. Sobretudo, a compreender que a melhor maneira de participar destas celebrações é unir-se ao Cristo que se oferece ao Pai pelo mundo. Quanto mais unido a Cristo, tanto mais compreenderá o que Ele fez por nós.