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Jornal Tribuna do Norte: treze décadas divulgando Pinda

Jornais da Tribuna contam a história da Princesa do Norte ao longo dos anos. (Foto: Luis Claudio Antunes/PortalR3)
Jornais da Tribuna contam a história da Princesa do Norte ao longo dos anos. (Foto: Luis Claudio Antunes/PortalR3)

Vai já distante aquele 11 de junho de 1882, quando a edição de nº 1 da folha liberal do Dr. João Romeiro, seu fundador, foi às ruas da antiga Pindamonhangaba Quatro páginas caprichosamente produzidas, letra por letra, tipo por tipo. Quatro páginas impressas graças aos braços de quem cuidou de movimentar o prelo fazendo vir à luz, ali na oficina tipográfica instalada no sobrado de nº 2 da rua Independência (atual ‘Bicudo Leme’), a Tribuna do Norte! Pra seu criador, como ele próprio anunciava em artigo editorial de primeira página “…mais um lutador nesta vasta arena do jornalismo”.

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E foi! E é! Daquele 1882 até aqui são 133 anos de lutas, comemorados neste 11 de junho. Foram momentos difíceis, fases críticas, intrigas oposicionistas, conquistas, vitórias… história! Muitos foram os homens de brio que estiveram à sua frente. Muitos foram os funcionários leais que estiveram ao seu lado. Muitos fizeram e fazem sua história. A odisseia secular deste herói da imprensa interiorana que já divulgamos em suas páginas, vezes diversas.

Das conquistas ao longo de sua centenária caminhada, a Tribuna do Norte viveu seu primeiro período de jornal diário de 12 de abril de 1986 a 7 de janeiro de 1989, quando, num de seus períodos difíceis de sobrevivência, teve que retomar a sua periodicidade de semanário, e, logo em seguida, bissemanário.

Na edição de 7/1/1989, o editorial, sob o título “Tribuna em nova fase”, colocava as condições da economia brasileira na época como o motivo da volta do jornal à condição de semanário, destacando a inflação que “…oficialmente esbarrava nos 30%, mas que, de fato já se encontrava a muitos pontos acima.”

O preço da resma de papel, da tinta, da estopa; os valores das contas de energia elétrica, água e aluguel: a folha de pagamento dos funcionários da Fundação Dr. João Romeiro (mantenedora do jornal) e as taxas previdenciárias, foram citadas como despesas que forçavam o retrocesso em sua periodicidade.

Para a Tribuna continuar diária, explicava o editorialista, “teríamos que aumentar em 1.000%, pelo menos, os preços das publicidades, fato que tornaria impossível receber resposta positiva das nossas casas comerciais”. Acrescentando que, “manter a Tribuna do Norte como diário e deixar o preço das publicidades em defasagem seria o caos financeiro da Fundação, que precisa, mais do que nunca, caminhar com os próprios pés.”
Solicitando a compreensão de leitores, assinantes e anunciantes, era ressaltado o apoio que a Tribuna sempre recebera “de todas as áreas” e que continuava a receber, pois precisava da ajuda de todos.

Em 2014, passados 25 anos, o jornal retornou à sua condição de diário. Retomou essa periodicidade não mais na rua dos Bentos, mas já em novas instalações na Praça Barão do Rio Branco, histórico Largo São José. Desde junho de 2010 ocupa esse prédio, denominado “Domingo Ramos Mello” (homem público que muito contribuiu com o municipio) de acordo com o projeto n° 69/2010, de autoria do vereador José Alexandre Faria e subscrito pelos vereadores Ricardo Piorino, Toninho da Farmácia, Dr. Marcos Aurélio, Dr. Jair Roma. Martim César e pela vereadora Geni Ramos – o prefeito era o Dr. João Ribeiro.

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A mesma administração municipal Vito Ardito Lerario, que em 1997 havia encerrado a fase ‘anos de chumbo’ do jornal, substituindo a composição a quente (linotipos) pela composição offset, devolveu à Tribuna essa condição de jornal diário. Conquista que seu a partir da edição de nº 8289, de terça-feira, 21 de janeiro de 2014.
E segue a Tribuna do Norte, 2º jornal mais antigo de todo o Estado de São Paulo.

* Altair Fernandes Carvalho (jornalista membro da APL – Academia Pindamonhangabense de Letras e da Seção de Pindamonhangaba da UBT – União Brasileira de Trovadores)

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