Orquestra Sinfônica de São José se apresenta no Teatro do SESI

A primeira obra da noite é a "Abertura N°1" (1972) do paulistano Osvaldo Lacerda. (Foto: Divlgação/AJFAC)
A primeira obra da noite é a “Abertura N°1” (1972) do paulistano Osvaldo Lacerda. (Foto: Divlgação/AJFAC)

A Orquestra Sinfônica de São José dos Campos se apresenta no Teatro do SESI dia 24 de junho (quarta-feira) às 20h. O espetáculo exibirá três obras com características bem distintas, levando a plateia a uma experiência sonora que transita do período romântico ao contemporâneo. As peças apresentadas serão destaque durante o Festival Internacional de Inverno de Campo de Jordão 2015, no Auditório Cláudio Santoro.

A primeira obra da noite é a “Abertura N°1” (1972) do paulistano Osvaldo Lacerda. O estilo de Lacerda caracteriza-se por um refinado nacionalismo, fruto de extenso conhecimento das características da música brasileira.

“Nebulae para Sax Soprano e Orquestra” (2015), de Patrícia De Carli, vencedora do Concurso Nacional de Composição Camargo Guarnieri, teve sua estreia mundial na Sala São Paulo em maio deste ano. A obra inova com dois solos de saxofone, explorando texturas sonoras atonais, defasagens rítmicas e grandes espaços para a improvisação, a cargo do saxofonista Marcelo Coelho. O caráter improvisatório da peça se estende também à cadência em que o solista fará uso do MOD, um recurso eletrônico que transforma o som acústico do saxofone em diferentes timbres, compondo um dialogo entre as técnicas composicionais não tonais, os sons sintetizados e a improvisação livre. Marcelo Coelho, solista para quem a obra foi dedicada, tem formação jazzística, atua intensamente na cena da improvisação livre, além de ter no currículo a estreia do Concerto para Saxofone Soprano e Orquestra, do compositor Liduino Pitombeira.

O concerto encerra-se com a execução da Sinfonia Nº2 do compositor alemão Robert Schumann. Os problemas físicos e psicológicos enfrentados por Schumann ao logo da vida influenciaram suas composições, porém sem abalar sua criatividade.

Apesar de ter sido publicada como Sinfonia Nº 2, esta foi a terceira sinfonia composta por Robert Schumann, pois a sua sinfonia em Ré menor, concluída em 1841, somente seria publicada dez anos mais tarde. A obra chama a atenção pelo seu caráter otimista que contrasta com as tribulações pelas quais o compositor vinha passando, durante o período da sua composição.

Repetindo um procedimento usado por Beethoven em sua Nona Sinfonia, um vibrante e ligeiro Scherzo sucede o movimento inicial reservando o movimento lento, repleto de lirismo e expressão intimista, para o momento que antecede ao Finale. Schumann inova, ao usar a forma cíclica. O motivo dos metais que abre a sinfonia assim como fragmentos do tema ouvido no adagio, voltam no último movimento para conduzir-nos numa marcha alegre e empolgante rumo à conclusão triunfal.

PROGRAMA

Osvaldo Lacerda – “Abertura N°1” (1972)

𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒

Patrícia De Carli – “Nebulae para Sax Soprano e Orquestra” (2015), com Marcelo Coelho

Robert Schumann – “Sinfonia N° 2” (1845 – 1846)

SERVIÇO

Concerto da Orquestra Sinfônica de São José dos Campos no Teatro do SESI SJC

Regente: Marcello Stasi

Saxofone Soprano: Marcelo Coelho

Data: 24 de junho (quarta-feira) – 20h

Local: Teatro do SESI SJC – Avenida Cidade Jardim, 4389 – Bosque dos Eucaliptos, São José dos Campos – SP.

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