Decretada a derrota do Brasil para a Colômbia, já com a partida encerrada, Neymar acertou uma bolada em cima do lateral colombiano Armero. O zagueiro Murillo abordou o camisa 10 do Brasil, mas acabou levando uma cabeçada. A agressão rendeu gancho de três jogos a Neymar, pena mínima que o jogador pegará se a CBF conseguir reverter a decisão. O árbitro puniu Neymar com o cartão vermelho, mas ele não parou aí: segundo relato do delegado da partida, o jogador hostilizou Osses com puxões de camisa e palavrões no túnel que dá acesso aos vestiários do estádio. O atacante teria esperado o árbitro deixar o campo para abordá-lo de maneira agressiva.
Segundo membros do tribunal que participaram do julgamento, a cobrança exagerada em cima do árbitro teria agravado a situação de Neymar perante o comitê. A súmula da partida, imagens, depoimentos de testemunhas e a defesa apresentada pela CBF, que argumentou que Neymar ficou bastante irritado com a forma com que a arbitragem conduziu a partida, foram levadas em consideração para se chegar à medida disciplinar. Além da punição das quatro partidas, o craque brasileiro também foi multado em 10 mil dólares.
Se o Brasil for eliminado da Copa América antes que a punição imposta a Neymar seja cumprida, Neymar estará suspenso de jogos da edição comemorativa dos cem anos da Copa América, que será disputada em 2016, e não de jogos das eliminatorias para a Copa do Mundo de 2018.
Antes de receber o vermelho direto, Neymar já havia recebido seu segundo cartão amarelo na competição, o que o impediria de jogar contra a Venezuela. Pelo regulamento da Copa América, ele teria que cumprir suspensão por dois jogos, acumulando as suspensões. Mas a Conmebol anunciou, na quinta-feira, que Neymar estava afastado por apenas um jogo e seria julgado pelo Tribunal Disciplinar, que decidiria a punição cabível.