Integrantes da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) para os Jogos de 2016 participaram, hoje (12), no Windsor Marapendi Hotel, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, do primeiro dia da décima e última reunião de avaliação dos preparativos para a competição.
À frente do grupo estava a presidenta da Comissão, a marroquina Nawal El Moutawakel e entre os representantes de órgãos do governo federal, o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, e o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcelo Pedroso.
Pelo governo do estado, os secretários da Casa Civil, Leonardo Espíndola; e de Transportes, Rodrigo Vieira falaram sobre o desenvolvimento das obras da Linha 4 do metrô. No domingo (10), o Tatuzão, equipamento usado para escavar o trajeto do metrô entre Ipanema, na zona sul e a Barra da Tijuca, completou o último trecho.
Para Espíndola, o COI ficou satisfeito com os projetos de infraestrutura da cidade, incluindo a área de transportes. “Nosso andamento está dentro do esperado e vamos ter grandes Jogos, mostrando que o Brasil não é só o país do futebol, o país do Carnaval. É também um país que sabe organizar um evento da complexidade dos Jogos Olímpicos”, disse o secretário da Casa Civil.
Para o secretário de Transportes, o projeto da Linha 4 está no prazo e os grandes desafios da engenharia já foram superados: “Daqui para frente, serão realizadas as montagens dos trilhos e dos sistemas operacionais. Estamos cumprindo o cronograma e temos ainda alguns passos para dar até agosto, contribuindo para oferecer os melhores Jogos Olímpicos da história.
O ministro do Esporte, Ricardo Leyser, disse que o COI está confiante na preparação do Brasil para os jogos, mas alertou que este ainda é um momento de muito trabalho:
“A espinha dorsal dos jogos está pronta, mas é preciso operar o evento. E isso não é um desafio menor. O Brasil muitas vezes presta mais atenção no concreto, do que na operação. Agora, a operação vai dizer se vão ser bons jogos, excelentes jogos. Isso vai ser dado pela operação e que qualidade a gente vai conseguir dar na estrutura que está praticamente pronta”.
De acordo com o ministro, Jogos Pan-Americanos, Jogos Mundiais Militares, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos foram uma reintrodução do Brasil em um grande mercado internacional de organização de jogos multiesportivos, que é uma indústria ligada ao entretenimento que gera muito emprego: “O Brasil tinha ficado mais de 40 anos fora desta indústria. Tínhamos feito Universíades, em Porto Alegre, em 1963, e Pan-Americano em São Paulo em 63 também. Depois disso não tivemos nenhum evento deste porte”.
Neste primeiro dia de reunião, além do sistema de mobilidade, foram apresentadas as atualizações das obras das instalações esportivas e da segurança, no Rio de Janeiro e ainda nas arenas nas cidades-sede onde haverá competições de futebol.
Os integrantes receberam informações também sobre a gestão dos Parques Olímpicos da Barra e de Deodoro, na zona norte da cidade; dos eventos-teste que já ocorreram; das medidas de sustentabilidade e operações de mídia.
Amanhã, no último dia de reunião, serão apresentadas medidas de operação dos Jogos Paralímpicos e a para a participação do público.