Os judocas que vão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016 foram apresentados hoje (2) pela Confederação Brasileira de Judô e pela Infraero, patrocinadora oficial da modalidade. A equipe tem 14 atletas, com sete homens e sete mulheres, e já traz uma bagagem de seis medalhas olímpicas.
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A equipe feminina será a mesma que disputou os jogos de Londres, em 2012, e trouxe para casa uma medalha de ouro e outra de bronze. Foram convocadas Sarah Menezes, na categoria Ligeiro; Érika Miranda, na Meio-Leve; Rafaela Silva, na Leve; Mariana Silva, na Meio-Médio; Maria Portelana Médio; Mayra Aguiar, na Meio-pesado; e Maria Suelen Altheman, na Pesado.
Já a equipe masculina tem quatro estreantes e três medalhistas olímpicos. Vão competir pela primeira vez nos Jogos do Rio Charles Chibana, na categoria Meio-Leve; Alex Pombo, na Leve, Victor Penalber, na Meio-médio; e Rafael Buzacarini, na Meio-pesado. Completam o time Rafael Silva, na categoria Pesado, Tiago Camilo, na Médio; e Felipe Kitadai, na Ligeiro.
O presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley, mostrou otimismo com os resultados da modalidade, e lembrou que o judô já garante medalhas ao país há oito jogos consecutivos.
“É um esporte em que se pode ter esperança de medalha. A equipe é competente, capacitada, jovem e trabalha diuturnamente para chegarmos onde chegamos”, disse.
O gestor técnico de alto rendimento da CBJ, Ney Wilson, disse que os atletas foram selecionados entre 56 candidatos e destacou que o Brasil, apesar de ter vagas garantidas como país-sede, conquistou todas pelo ranking internacional.
“Todas as vagas dos atletas brasileiros foram conquistadas no tatame”, afirmou o técnico. Ele disse ainda que esse desempenho posiciona o Brasil ao lado de França e Japão, os outros únicos países que também disputarão todas as categorias.
A judoca Rafaela Silva, que participou dos jogos de Londres com apenas 20 anos, volta à seleção que competirá no Rio com o status de campeã mundial, conquistado em 2013.
“O Brasil vai ter uma visibilidade maior pelo fato da Olimpíada ser em nossa casa. Então, eles sabem que a gente tem uma vontade maior de lutar dentro de casa”, destaca a atleta, que espera grande concorrência. “Acho que está bem disputado. No ciclo inteiro, em todos os campeonatos mundiais foi uma campeã diferente, então, acho que vai ser uma olimpíada bem disputada.”
Para o estreante Victor Penalber, a disputa já foi acirrada antes da convocação. Ele concorreu com o medalhista olímpico Leandro Guilheiro e conseguiu a vaga, e agora pode ter pela frente os campeões mundiais de 2013, 2014 e 2015, de França, Geórgia e Japão.
Nesse caminho, ele se garante em seus pontos fortes: “Além de lutar em casa, porque acho que temos que usar isso a nosso favor, eu acho que [meus pontos fortes são] força e explosão. Acho que são as minhas características como judoca. Fazer muitos golpes e golpes explosivos”.