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Museu em Aparecida abre exposição com imagens do século XVII

Entre as peças está obra de escultor a quem é atribuída a autoria da Imagem de Aparecida. (Foto: Flávia Gabriela/Santuário de Aparecida)
Entre as peças está obra de escultor a quem é atribuída a autoria da Imagem de Aparecida. (Foto: Flávia Gabriela/Santuário de Aparecida)

O Museu Nossa Senhora Aparecida inaugura uma nova exposição permanente nesta semana. A mostra “Coleção Santa Gertrudes de Imagens Paulistas do Século XVII” trará ao público esculturas de importantes mestres santeiros, como Frei Agostinho de Jesus, a quem é atribuída a autoria da escultura da Imagem de Nossa Senhora Aparecida.

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A inauguração da mostra acontece na próxima sexta-feira, 8. As atividades se iniciam com a missa das 9h, no Altar Central do Santuário Nacional, com posterior abertura à visitação. A exposição fica no segundo andar da Torre Brasília, onde está localizado o Museu Nossa Senhora Aparecida.

Além do valor histórico e religioso de cada uma das 54 peças da exposição, há também a contextualização do período artístico em que se acredita que a Imagem da Padroeira do Brasil tenha sido modelada. O século 17 foi um período de transição dos mestres santeiros religiosos para os mestres santeiros leigos na criação das imagens.

Um dos destaques da exposição é uma escultura também de Frei Agostinho de Jesus com muita semelhança à imagem de Nossa Senhora da Conceição, encontrada pelos pescadores em 1717. A peça é tratada como ‘irmã’ da Imagem da Mãe Aparecida.

O acervo foi iniciado, na década de 70, pelo colecionador Ladir Biezus com uma imagem de Santa Gertrudes, por isso o nome da coleção. Posteriormente todas as demais imagens foram sendo adquiridas. Segundo Biezus, foi feita uma pesquisa para que se chegasse às imagens oriundas de São Paulo e que tivessem traços em comum.

O colecionador, que doou o acervo ao Santuário Nacional, explicou a sua ligação com Nossa Senhora e justificou porque as imagens marianas predominam a coleção. “O Século XVII era uma época em que os portugueses vinham à procura do ouro e em busca de expansão de território. Confrontados pelos perigos, imagino que a noite em suas angústias sobrevinha o medo. Então, penso que a presença da imagem de Nossa Senhora era um refúgio, um colo, um pouco de paz para a alma. Eles as traziam consigo”, disse.

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A exposição, que tem a curadoria de Antonio Carlos Suster Abdalla, faz parte do calendário de eventos preparativos para o Jubileu dos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, que será celebrado em 2017.

“Para o Santuário, nesta época de preparação para um momento tão importante, significa muito. De algum modo isso nos ajuda a entender que a Imagem de Nossa Aparecida não é uma peça a parte, mas faz parte de uma época. A exposição em questão também nos aproxima de Frei Agostinho. Temos a oportunidade de ver imagens que talvez foram feitas pelas mesmas mãos que fizeram a Imagem de Nossa Senhora Aparecida”, comentou o administrador-ecônomo do Santuário Nacional, padre Daniel Antonio.

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