Cinco atletas do Sudão do Sul que vivem refugiados em um campo das Nações Unidas no Quênia chegaram hoje (29) ao Rio de Janeiro para participar dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Eles desembarcaram pela manhã no Terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão. Os três homens e duas mulheres, que disputarão provas de atletismo sob a bandeira da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados, vivem no acampamento de Kakuma.
Anjelina Nada Lohalith, no feminino, e Paulo Amotum Lokoro, no masculino, vão competir nas provas de 1.500 metros. As de 800 metros serão disputadas por Rose Nathik Lkonyen, no feminino, e Yiech Pur Biel, no masculino, e as de 400 metros, por James Nyang Chiengjiek. Antes de vir ao Rio, eles passaram por uma temporada de treinamento em Nairóbi, capital do Quênia.
Esta é a primeira olimpíada da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados, que será composta por dez atletas na Rio 2016. Os judocas congoleses Yolande Mabika (judô feminino, peso médio) e Popole Misenga (judô masculino, peso médio) vivem no Rio.
“Essa participação na Olimpíada é boa porque, em primeiro lugar, eu, como atleta, me sinto realizado em correr. Em segundo lugar, nós temos uma mensagem para o mundo: apesar de sermos refugiados, somos capazes de fazer qualquer coisa”, disse Yiech Pur Biel, ao desembarcar.
Os nadadores sírios Ramis Anis (100 metros livre e 100 metros borboleta masculino) e Yusra Mardini (100 metros borboleta feminino), que vivem na Europa, também já tinham chegado ao Rio. O único atleta da equipe que ainda não desembarcou na cidade foi o etíope Yonas Kinde, que disputará a maratona.