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“Joaquim da Figueira” receberá a medalha Athayde Marcondes

Joaquim da Figueira, um dos grandes defensores da Figueira das Taipas. (Foto: Arquivo/PortalR3)
Joaquim da Figueira, um dos grandes defensores da Figueira das Taipas. (Foto: Arquivo/PortalR3)

Na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Pindamonhangaba, realizada no dia 21 de novembro, foi aprovado, por unanimidade, o Projeto de Decreto Legislativo nº 02/2016, de autoria do vereador José Carlos Gomes – Cal (PTB), que “concede a Medalha do Mérito Athayde Marcondes” a Joaquim José Eugênio – Joaquim da Figueira “post mortem”.




Seu Joaquim ganhou este apelido por ser um grande defensor da Figueira das Taipas, árvore centenária que teria servido de ponto de descanso para Dom Pedro I em sua passagem pela região. Ele nasceu em 1900 e faleceu em 1995.

Honraria
A medalha será entrega para um representante da família em cerimônia à ser realizada no dia 13 de dezembro, na Praça Monsenhor Marcondes, ao lado do monumento a Athayde Marcondes [ao lado da Cascata].

A Medalha do Mérito Athayde Marcondes , instituída pelo Decreto Legislativo n° 03, de 03 de Setembro de 2013, tem por finalidade homenagear um cidadão, uma empresa ou instituição que tenha contribuído destacadamente para a história e a cultura do município de Pindamonhangaba.

Reunido o colegiado do Conselho Municipal de Cultura de Pindamonhangaba deliberou em sua reunião ordinária de 30 de agosto de 2016, apoiar a solicitação do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, Cultural, Ambiental e Arquitetônico para que a Medalha do Mérito Athayde Marcondes seja outorgada em 2016 “post mortem” ao senhor Joaquim José Eugênio, o Joaquim da Figueira, por sua significante atuação na preservação da Figueira das Taipas, contribuindo assim para a preservação da cultura de Pindamonhangaba.

Joaquim José Eugênio – Joaquim da Figueira
Um dos primeiros moradores do Bairro das Taipas, tradicional bairro do Distrito de Moreira César, citado desde 1817 por viajantes e estudiosos estrangeiros como passagem e pernoite em uma venda ali existente a margem da estrada.

O mais conhecido morador e comerciante do bairro foi o senhor Joaquim José Eugênio, o “Joaquim Português”, ou “Joaquim da Figueira”, como era conhecido. Conforme informação de Joaquim Eugênio, filho do Joaquim Português, aquelas terras foram adquiridas pelo seu avô materno, o Sr. Barbieri, e o Joaquim Português casando-se com a filha do Sr. Barbieri, herdou as terras onde viveu por toda vida, teve seu armazém, o restaurante e lavoura.

Joaquim Português comandava com severidade todos os seus bens, mas foi um líder incontestável da comunidade. Foi parteiro, enfermeiro, inspetor de quarteirão (autoridade que representava o poder policial na época). Injeções eram aplicadas por ele nos moradores do bairro, conforme depoimento de seu filho Joaquim Eugênio.

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Era também um ferrenho defensor da figueira, sempre cuidando para que a mesma ofertasse uma bela sombra com sua frondosa folhagem.

O restaurante do Joaquim Português, por se situar na antiga rodovia São Paulo — Rio era frequentado por viajantes, “caminheiros” e políticos da região que iam saborear o famoso cabrito assado, especialidade do “seo” Joaquim.

Joaquim Português nasceu em 1900 e faleceu em 1995. Aos 95 anos, no dia de seu falecimento, ele se despediu tomando uma garrafa de vinho. Viveu e morreu com valentia e ousadia, como se entendia no contexto da época.

FIGUEIRA DAS TAIPAS

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