O camarão é um dos frutos do mar de maior e melhor circulação no mercado. Pratos derivados do crustáceo têm alto custo e qualidade.
Entretanto, no período de defeso, época do ano em que é proibida a pesca, captura, estocagem, beneficiamento e comercialização do crustáceo, os trabalhadores que dependem dele acabam ficando sem renda, quando não exercem outro tipo de serviço. É o que acontece com os descascadores de camarão.
Pensando nisso, as secretarias de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca e Desenvolvimento Social e Cidadania de Caraguá, estão promovendo, desde a última terça-feira (8), o curso de Tempero Caiçara para esses descascadores.
O curso, realizado no Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Cresans), tem o objetivo de expandir o conhecimento dos descascadores. Segundo Erika Kurosawa, nutricionista do Cresans, o curso ajuda a manter a renda dos descascadores, que não é alta.
“Vimos neles um público que já tem uma ocupação, mas é temporária e pouco rentável. Além disso, tem tudo a ver a comercialização de camarão e de temperos feitos por eles mesmos”, disse. A maioria deles vive apenas disso ou faz faxina.
O grupo de alunos é formado por moradores dos bairros Ipiranga, Olaria, Martim de Sá e Sumaré. São homens e mulheres que descascam camarão há mais de 20 anos.
Hoje, são 12 pessoas que vão aos Box todos os dias para descascar camarão. Eles cobram R$ 3,00 por quilo e trabalham num espaço construído no local especialmente para isso.
O curso oferece três aulas, sendo uma por semana, sempre às terças, às 9h. Os alunos aprendem a fazer os temperos Vermelho, Verde e Branco.
Mais informações podem ser obtidas no Cresans, pelo telefone (12) 3883-6548 ou no endereço Avenida Amazonas, 495, no Indaiá.