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Handebol brasileiro obteve conquistas dentro e fora da quadra em 2016

Taubaté foi campeão da Liga Nacional Masculina (Cinara Piccolo/Photo&Grafia )
Taubaté foi campeão da Liga Nacional Masculina (Cinara Piccolo/Photo&Grafia )

O ano de 2016 encerra mais um ciclo olímpico e um período em que o handebol brasileiro teve, talvez, a maior evolução de todos os tempos. Hoje, já se pode dizer que ambas as Seleções Masculina e Feminina, figuram entre as grandes potências mundiais. A Feminina, é claro, com a conquista do título mundial em 2013, entrou definitivamente na lista das mais ‘temidas’, e a Masculina, que a cada ano tem obtido resultados mais expressivos, mostrou ao Mundo nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que pode fazer frente a qualquer adversário.

As duas chegaram até às quartas de final da principal competição do ciclo e fizeram bonito para uma torcida calorosa, que mostrou toda a receptividade do povo brasileiro, fazendo uma linda festa na Arena do Futuro. Enquanto a equipe feminina terminou na quinta colocação, a masculina foi a sétima. Aliás, o handebol deu um grande show ao ser o segundo esporte com o maior número de ingressos vendidos nos Jogos, atrás apenas do futebol.

Antes da memorável passagem pelo Rio, os meninos também brilharam no Pan-Americano disputado em Buenos Aires, na Argentina, primeiro, eliminando a Seleção da casa na semifinal e depois ao conquistar o título com uma brilhante vitória contra os chilenos. Fora as competições do calendário oficial, eles também fizeram bonito em vários torneios. No Memorial Domingo Bárcenas, na Espanha, foram terceiros colocados, no Qatar, ficaram em segundo, empataram um amistoso com a Dinamarca e foram campeões do Torneio Quatro Nações, no Brasil.

As meninas tiveram um ano de preparação duro, totalmente focadas nas Olimpíadas. Começaram com um quarto lugar em um torneio na Noruega, fizeram vários amistosos importantes com vitórias sobre equipes como Dinamarca, Suíça, Eslováquia, Holanda e Argentina. Pra fechar o ano, a Seleção Feminina deu um presente a Belém (PA), com a disputa do Quatro Nações, levantando mais um troféu.

As categorias de base também mostraram que seguem em evolução. Este foi o ano das competições internacionais do naipe feminino e o Brasil conquistou o título dos Pan-Americanos Júnior e Juvenil. Logo depois, as equipes representaram muito bem o País nos Mundiais das categorias. As Juniores ficaram com a 11ª colocação e as Juvenis com a 12ª.

Nas areias, as Seleções Masculina e Feminina foram à Hungria para a disputa do Mundial. Como sempre, os brasileiros mostram que dominam esta modalidade que tem tudo a ver com o País e conquistaram em ambos os naipes a medalha de prata. Para festejar junto da torcida verde e amarela fizeram um desafio na praia de Niterói (RJ). As meninas contra o Uruguai e os meninos contra os Estados Unidos. A partida feminina teve transmissão do Esporte Espetacular, da Rede Globo, mostrando a todo o Brasil a beleza desse esporte plástico e dinâmico.

Aliás, em 2016 foram muitas horas de handebol na TV. Além da transmissão de todos os jogos das Olimpíadas do Rio em diversos canais, inclusive abertos, muitas outras disputas estiveram na telinha. O handebol de areia, os Torneios Quatro Nações e as finais da Liga Nacional ocuparam um bom espaço na televisão. De forma inédita as decisões da Liga, tanto do naipe feminino como no masculino, foram transmitidas simultaneamente pela Band, Bandsports e SporTV, além das quartas de final pelos canais SporTV e Bandsports.

A Liga Nacional foi empolgante. Este ano foi a estreia de um novo formato, que permitiu a participação de equipes de todo o País. Dividida nas Conferências Norte, Nordeste e Sul/Sudeste/Centro, a competição permitiu a interação e, consequentemente, o crescimento do nível técnico dos times. No final, dois paulistas levantaram o troféu, o Taubaté/FAB/Unitau (SP) entre os homens, e o Pinheiros (SP), de forma inédita, entre as mulheres.

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Fora da quadra, as conquistas também foram inestimáveis. O handebol brasileiro ganhou o primeiro Centro Nacional de Desenvolvimento exclusivo da modalidade em toda a América Latina. O local, em São Bernardo do Campo (SP), já está sendo utilizado tanto pelas Seleções Olímpicas quanto pelas categorias de base, ajudando imensamente na preparação de atletas e profissionais da área. O local recebeu o nome de prof. ‘José Maria Passos’, grande incentivador do handebol brasileiro, ex-diretor da Federação Paulista e dos clubes Mesc e Metodista.

O objetivo principal do Centro é ser o espaço de referência do handebol do Brasil e das Américas, servindo para o treinamento e aprimoramento de todas as seleções nacionais da modalidade e profissionais envolvidos, além de promover o intercâmbio com outros países que poderão vir ao Brasil para treinamentos, contando com toda a infraestrutura necessária. E, esse intercâmbio já começou. Recentemente, o espaço recebeu treinamentos da Seleção Feminina de Camarões, que se preparava para a Copa da África e garantiu uma vaga no Mundial da Alemanha, no fim de 2017.

O espaço ainda receberá os acampamentos nacionais, projeto que reúne dezenas de jovens atletas, técnicos, árbitros, fisioterapeutas e outros profissionais, vindos de várias regiões do Brasil, com o objetivo de unificar e padronizar o trabalho desenvolvido na base e ainda garimpar novos talentos.

Outro ponto extremamente positivo foi que a Confederação Brasileira de Handebol foi a segunda colocada na categoria governança do Prêmio Sou do Esporte, destinada a instituições com as melhores práticas de gestão. A premiação é uma iniciativa da rede Sou do Esporte, uma associação sem fins lucrativos, que promove o desenvolvimento do esporte brasileiro, com o apoio da organização dinamarquesa Play the Game, que atua na promoção da democracia, transparência e liberdade de expressão nos desportos.

A CBHb adotou há alguns anos um modelo de gestão de maior transparência e mudanças administrativas, que incluíram a formação de comitês, que dividem a responsabilidade de condução da entidade com a diretoria constituída. Esse foi um dos fatores que colocou a entidade em destaque. O primeiro lugar do prêmio foi concedido à Confederação Brasileira de Rugby.

Em 2017, tem início um novo ciclo olímpico. Será o começo de um grande trabalho, visando principalmente aos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. O handebol brasileiro já tem importantes desafios marcados logo para o início do ano, com a disputa do Mundial Masculino na França, em janeiro. A Seleção Feminina defende o título pan-americano, em junho, no Canadá, e vai em busca de uma outra medalha no Mundial da Alemanha, em dezembro. Esses são só alguns exemplos do que está por vir e prova de que será mais uma vez um ano movimentado para o esporte.

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