O samba, nosso patrimônio nacional e maior identidade cultural da nossa gente está fazendo 100 anos. Na flor da idade, logo se tornou linguagem popular capaz de cantar e falar sobre tudo: sobre a vida (própria e alheia), o amor, traição, saudade, o cotidiano, a política, o país.
Mas o samba também se fez instrumento para falar sobre si, para se auto descrever e homenagear.
Sambistas dos mais ilustres da nossa música popular contaram e cantaram a história do nosso ritmo em sambas também históricos, ora o exaltando, ora agradecendo a ele. O samba ganhou voz, sentimentos e desejos como entidade que é; como personagem vivo; como protagonista de sua própria trajetória.
E foi através de uma pesquisa de repertório sobre “os sambas que se cantam”, que o Grupo AMÉLIA concebeu este show que usa dessa metalinguística para homenagear os 100 anos de samba.
“O Samba que se Canta” traz nova sonoridade para canções antológicas que têm o samba como tema principal, inseridas num roteiro que cria um discurso no qual o samba, literalmente, fala por si.
Liderado por Marcelo Quintanilha, Samuel Silva (violão 7 cordas) e Tiganá Macedo (percussão), o grupo AMÉLIA, conta ainda com Deni Domenico (cavaquinho); Maiara Moraes (flauta) e Koka Pereira (percussão). O grupo foi formado em 2015 para fazer samba de verdade. E faz, sem nenhuma vaidade.
No roteiro pérolas como: O samba é meu dom (Wilson das Neves/ Paulo César Pinheiro), Na cadência do samba ( Ataulfo Alves/Paulo Gesta), Samba da minha terra ( Dorival Caymmi), Ai que saudades da amélia (Mario Lago/ Ataulfo Alves) e muitas outras belezas.