O SPAC recebeu no sábado (29) a abertura do Circuito Paulista Feminino de Sevens, com quinze equipes em campo e muitos tries que levantaram o público que encararam o frio da represa Guarapiranga para assistir as melhores equipes do estado em ação. Nos grupos, nenhuma surpresa, com São José, SPAC, Band Saracens e Leoas correspondendo às expectativas e garantindo as melhores campanhas do dia. No grupo D, o único com apenas três equipes, a USP se destacou e levou o primeiro lugar, mostrando sequência na sua evolução depois do título da Copa SP em 2016.
O sábado foi de placares elásticos entre equipes mais e menos experientes mas também trouxe um duelo acirradíssimo entre SPAC e Leoas, colocando à prova a habilidade das novatas que perderam apenas por uma conversão de diferença, depois de um primeiro tempo todo sem qualquer pontuação, 07 x 0.
Nos duelos pela segunda vaga das finais em cada grupo, melhor para SP Barbarians, Flamengo-Guarulhos e as Piratas de Americana, que mesmo com pouca experiência mostraram garra de sobra para vencer seus adversários e seguir na briga pelo título contra as potências do estado. Os novatos Taubaté e Iguanas, mais novos representantes do Vale, conquistaram vitórias importantes em seus grupos e chegam na disputa da Taça Bronze, além de Pasteur e Tsunami, representantes da capital.
No domingo, SPAC, São José e USP passaram sem dificuldade para as semifinais, enquanto Leoas e Band fizeram o duelo mais duro da fase, mas as Bandetes mostraram paciência para impôr seu ritmo de jogo e avançar para a próxima fase. Nas disputas inferiores, destaque para o clássico do ABC que favoreceu as Leprechauns, que superaram ABC e Jacareí para terminar na 13a posição, enquanto no duelo dos estreantes do Vale, o Iguanas superou o Taubaté e terminou na 9a posição. A final Bronze foi decidida entre Pasteur e Tsunami, com as francesas vencendo bem, depois de uma campanha irregular no primeiro dia.
Na prata, a Leoas mostrou sua superioridade ao vencer Flamengo e Piratas sem levar pontos, ressaltando a diferença técnica entre as equipes da elite nacional e as emergentes. Na semifinal Ouro, o São José mostrou um trabalho impecável na defesa, sempre com tackles duplos, aliado à um ataque cirúrgico, defendendo boa parte da partida mas sem deixar as anfitriãs avançar, e nas poucas subidas ao ataque, foram fulminantes, anotando quase 100% de suas oportunidades. No duelo entre USP e Band Saracens, as equipes parceiras no XV protagonizaram uma partida muito equilibrada, mas a experiência do conjunto bandeirantino falou mais alto, levando as Bandetes para a final.
A USP voltou a mostrar um bom jogo na decisão de terceiro lugar, sendo a equipe que mais evoluiu em uma única temporada, depois de conquistar a Copa SP em 2016, e logo no primeiro torneio do ano, fechando sua participação entre as melhores equipes do estado. Ainda assim, a vitória foi do SPAC, que garantiu o prêmio de consolação, mas muito celebrado pela sua torcida.
Na grande final, a partida começou com a impressão que seria definida nos detalhes. O São José não demorou a abrir o placar, mas as investidas do Saracens levavam perigo e forçaram a defesa joseense a trabalhar mais forte do que nas partidas anteriores e o Band descontou no fim da primeira etapa, mantendo o jogo em aberto. Na segunda etapa no entanto, o São José dominou, e com um elenco muito entrosado, conseguiu furar a defesa adversária em mais quatro oportunidades não respondidas pelo Band, garantindo assim o título da primeira etapa do ano.
O caminho em busca do tricampeonato começou bem para o São José. A próxima etapa acontece nos dias 27 e 28 de maio, novamente em São Paulo, com organização do Band Saracens.
Leoas de Paraisópolis vencem bonito no M16
O primeiro campeão da etapa já foi conhecido no sábado, com o triunfo das Leoas de Paraisópolis sobre São José, HURRA! e Jacareí. Destaque para a evolução das meninas do Jacareí, que vem trilhando o mesmo caminho da equipe masculina, se consolidando na base para chegar forte em alguns anos. Mesmo com grande espírito, não conseguiram tirar o título das Leoas, que mostram uma segunda geração de jogadoras tão forte quanto à primeira que começa a despontar na categoria principal.
São José mostra categoria e conquista o título também no M19
O domingo também foi palco da estreia do M19, com cinco equipes. Protagonista nos anos anteriores, a nova geração de Leoas mostrou que apesar do elenco de qualidade, ainda tem um longo caminho para evoluir, ficando de fora da disputa pelo título. Apesar de algum equilíbrio nas partidas, São José e Band Saracens se destacaram e venceram seus jogos mostrando bom preparo físico e técnica cada vez mais refinada nas categorias de base, mostrando a evolução do Rugby brasileiro.
Infelizmente, o esperado tira-teima entre as equipes na grande decisão não aconteceu, pois o esforço bandeirantino para chegar à final acabou tendo como custo uma série de lesões que reduziu o seu elenco a ponto da direção da equipe não considerar prudente suas jogadoras entrar em campo, e o São José terminou como campeão.